quinta-feira, 17 de outubro de 2013

EU VI...

Hoje, voltando do trabalho, estava na estação do metrô. A estação já estava quase encerrando as operações, era um dos últimos trens disponibilizados. Quando olho para o lado, vejo um casal gay se beijando.
Parece estranho e psicótico - não tiro essa razão de ser - mas eu gosto de observar certas coisas e, honestamente, embora falemos que estamos em novos tempos etc, etc, etc, não costumamos ver um casal gay se beijando por aí . Embora vá contra o pensamento da maior parte da população, a grande parte dos gays que namoram, principalmente, não são promíscuos e detestam essas coisas de exibição.
A grande questão é: eu queria ficar observando - sem fundos pornográficos ou coisas do tipo. Queria admirar o amor que exalava daquela cena linda. Lógicamente que eu fiquei tocado com isso, como sempre fico com qualquer coisa, afinal tenho toda essa melancolia tosca de querer namorar e me sentir um lixo, me sentir sozinho, como se nunca fosse arrumar ninguém para dividir a droga da cama.
Não pude olhar por muito tempo; um deles não estava completamente à vontade e ficava olhando ao seu redor todo o tempo para verificar se olhares corriam sobre eles e, acidentalmente, sempre esbarrava seus olhos em mim, que estava praticamente pegando uma cadeira e sentando para olhar.
Gosto dessa característica minha: ser observador. Acho que me acrescenta muito e me ajuda em vários aspectos. Sei diversas coisas sobre pessoas que estão ao meu redor só de prestar atenção nas conversas, atitudes e afins.
Porém, apesar desse auto batepapo sobre ser observador, etc, claro que fiquei deprimido por não ter ninguém que me beijasse com aquela paixão toda, ou que se dispusesse a qualquer coisa semelhante. Coloquei uma música super triste e encostei minha cabeça na janela do trem, assim como a mulher loira que vos descrevi. A única diferença foram as lágrimas; não consegui soltar um sequer. Uma coisa boa, na maioria dos aspectos possíveis.

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