sábado, 26 de outubro de 2013

O TEMPO DE NOSSAS VIDAS

Às vezes me pego pensando sobre quando era criança e queria desesperadamente crescer, ser independente, ter o meu dinheiro, e coisas do tipo.
Lógico que eu não era o único, todas as crianças sempre veem com os bons olhos que têm a independência como um excelente atributo.
Hoje em dia, após conviver e entender o saudosismo das pessoas, posso afirmar que é, na verdade, um fator significativo muito grande, a independência, porém nada muito bom.
Começamos pelo fato de que temos que correr atrás do nosso próprio sustento. Apesar de ser alvo de preconceito e vítima das línguas populares, ser sustentado para sempre seria uma dádiva! Pense, estudar - e quando me refiro à estudos, quero dizer faculdade; na escola e no ensino médio nunca aprendi muito do que uso hoje em dia - "eternamente", até que a morte o separe disso, obviamente, seria um projeto de vida muito bom. Com certeza, se refletirmos por um certo ângulo de visão, perceberemos que estudamos, aprendemos, lemos e agregamos cultura e conhecimento para nunca utilizarmos; já que seremos sustentados, não trabalharemos, justamente para nos dedicarmos exclusivamente aos estudos. Porém, mesmo com esta perspectiva negativa, me agrada ter domínio sobre várias áreas do conhecimento. Posso ser o que muitos chamam de "chato intelectual", afinal sempre procurei ter conhecimento em várias áreas ao mesmo tempo. Felizmente, para mim, tive sucesso nessa jornada. Apesar de sempre me cobrar um conhecimento mais profundo; apesar de saber um pouco de tudo, era somente isso, um pouco.
Passemos para o raciocínio de que a convivência e o conhecer pessoas é mágico. Você se descobre, ao mesmo tempo que conhece a história de outras pessoas. E, eu particularmente, sempre me moldo de acordo com o que vivo, independente se de momento ou não. Essa moldagem é automática. Analiso, vejo as características que mais me agradam e acabo por agregar isso à minha personalidade.
Voltando ao assunto, conhecer pessoas, nenhum lugar é melhor para conhecer pessoas do que o ambiente de estudos. Sempre temos desde o mais dedicado, que faz a faculdade porque os pais desejaram que ele seguisse este caminho, até o mais desleixado, que faz a faculdade de Turimos porque adora viajar - sim, as pessoas fazem isso! rs - Salvo as exceções, é claro.
Talvez a grande questão seja que em qualquer ambiente de estudo, nos sentimos jovens de novo e, queremos ser jovens para sempre. Somos saudosistas e isso está em nosso sangue, como respirar.
Vamos sentir saudades do que fazíamos quando crianças, seja andar descalço na rua ou brincar com bonecas. Porque sempre que sentimos o quão próximos podemos estar do fim de nossa estadia na Terra, nos sobe um desespero e a raiva ao mesmo tempo. Uma miscelânea de sentimentos que nos consome e só quer dizer uma coisa: Me deixe ficar mais tempo por aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário