quarta-feira, 29 de outubro de 2014

ACHADO

Encontrei hoje por aí este poema que fiz um tempo atrás e do qual não me lembro ao certo as circunstâncias, mas acredito ser de extrema beleza, por isso compartilho.

Na vontade de descobrir o outro
Me perco
E descubro incertas
Minhas certezas

E quando me busco
Não vejo
Até me afogo
Num mar de deduções

Talvez
E provavelmente talvez
Precise que me falem
O que sou
E quem me fazem

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

WELL...

Faz realmente MUITO tempo que não escrevo algo aqui. Minha vida tem - finalmente - sido movimentada. Claro que não tanto do jeito que eu quero que seja, mas por ora está bom.
Tenho saído muito. Só baladas, na verdade. Porém, no momento, é só o que pode ser feito. Tenho conhecido pessoas novas e acabei por esquecer por completo o vazio que me domina por dentro.
Tantas bocas eu beijei nessas festas, tentando aliviar a dor que me consome toda vez que é lembrada... Normalmente funciona e mato meu desejo por alguns dias. Não foi o caso de ontem.

Saí para um lugar novo, como tem sido de costume. Conheci pessoas novas - infelizmente não do tipo que eu gostaria de ter conhecido, e nem beijavam bem. Fiquei com um cara que nem me dei o trabalho de perguntar o nome e uma menina - a descrição é a mesma para os dois. Me pareceu que eles não sabiam beijar direito... Usavam mais os dentes do que qualquer outra coisa; o que é curioso, porque a amiga que foi comigo disse que sofreu com esse mesmo problema numa noite em que beijou alguém naquele lugar.
Enfim, após tudo isso, como meio de encerrar a festa, por volta já de seis horas da manhã, o DJ tocou The Scientist, do Coldplay. Mesmo contra minha vontade, veio como uma avalanche na minha cabeça tudo o que eu tenho feito e vivido e o tal vazio que eu tanto temo, me dominou por completo.

Comecei a lembrar e perceber que, mesmo tendo sofrido neste meio tempo por alguns casinhos de balada que nunca dão certo, nunca mais, desde o garoto com quem me descobri mesmo sem dar sequer um beijo, vivi uma paixão. Nunca mais amei ardentemente alguém - uma coisa que, aposte, estou desesperado para fazer. Tento esconder isso e me apegar na superficialidade porque não quero sofrer tudo o que sofri por ele de novo... Fiquei quase um ano inteiro nessa ressaca de término, sem conseguir pensar em mais alguém ou na minha própria vida sem uma dose exagerada de auto piedade pela previsão de terminar meus dias sem ter encontrado uma alma que me faça companhia. É ridículo, eu sei. Em alguns momentos posso ver isso, na maioria restante, não.

Paralelo a isto ainda está toda a minha preocupação com me assumir para minha família; algo que eu não fiz ainda e tenho muito receio, porém muita vontade. Somo, ainda, o meu não conhecimento de causa com relações, o que causa e é ao mesmo tempo consequência de não saber começar um relacionamento. Não sei como agir nas situações em que falo com alguém que eu me interesso e acabo evidenciando meu desejo pelo outro. Em minha concepção, as relação tinham que ser fáceis; se me interesso por você, eu falo; se não, também falo. Não era para sermos tão complicados nessa questão, mas o ser humano é tão estranho... Desisti de entender.

Eu nunca sei o que concluir quando escrevo aqui, o que teoricamente reduz minha vontade de escrever porque não me ajuda em nada... Pode ser que eu demore novamente para escrever algo novo. Pode ser que não.

Veremos.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

FUCKING POEM

Outro dia desses te conheci. Gostei de como foi.
Acabei por me importar mais do que deveria.

Acabou sendo uma noite de encontros e desencontros.
Eu estava decidido, não podia perder mais tempo
porque já o tinha perdido a vida inteira.

Eu estava alterado, como todos na ocasião
e, quando me surgiu, foi muito bom.
Te senti na minha boca, quase como de imediato,
tentei retribuir do jeito que pude a paixão que senti,
do jeito mais desajeitado e menos atraente possível.
Quando descolamos, acreditei que tivesse acabado,
mas aquela noite durou uma eternidade.

Ouvi declarações, e tentei fazer também,
porém creio terem saído da maneira errada.
Naquele dia te dei muitos beijos e um pouco

do que poderia ser meu coração numa bandeja.
Só mantenho a lembrança, da forma mais maníaca
e possessiva que pode-se imaginar.

TIREEEEEEEEEED

Honestamente, estou cansado, eu disse CANSADO dessa instabilidade emocional. Mudo de humor com a mesma facilidade com que troco de roupas, aliás, é mais fácil ainda. E mais rápido, o que só fode com tudo de vez.

Não sei explicar o que me acontece, de verdade. Muda o tempo eu já viro a pessoa mais carente da face da Terra, de repente me acho lindo, aí lembro que estou sozinho e fico procurando por defeitos em mim mesmo e consigo encontrar vários, afinal sou humano e nenhum humano que se preze se dá o luxo de ser perfeito.

Me sinto gordo, depois lembro que emagreci pra caralho, aí me acho feio, mas lembro que tem gente pior. Daí penso que um dia serei feliz, mas lembro que não sou tanto assim hoje e que a probabilidade de isso acontecer no futuro é muito remota, uma vez que estou nos meus dias de ouro e tenho: N-I-N-G-U-É-M!

Eu tenho expandido meu ciclo social consideravelmente bem, mas não consigo me manter num só humor ou com um humor normal, de gente. Eu sou sempre o esquisito e sempre sou contrário à várias coisas. Podem existir diversas explicações, eu sei, mas é difícil para que eu entenda que talvez, e somente talvez, nada disso tenha a ver comigo. Porque, afinal, como eu já disse, nenhum humano que se preze se dá o luxo de não ter defeitos. Creio que nos atraiamos justamente por isso. Nossos defeitos nos chamam um no outro. Aí entra a minha depressão, já que consigo encontrar uma justificativa romantica em quase toda bosta de sentimento que vivo, mas vida romantica está bem impossível no momento.

Eu entendo que antes de fazer minha cirurgia não vou nem conseguir entrar num relacionamento, não me sentiria a vontade para fazer sexo e sei que sexo é necessário para relacionamentos, ainda mais na minha idade. Tenho de ser coerente. Estou procurando por alguém da minha idade e quero começar um relacionamento privado de sexo?! Onde estou com a cabeça?

Não sei mais o que pensar. Tenho medo de ficar falando com meus amigos porque vão me achar ainda mais insuportável do que já sabem que eu sou e não estou a fim de ficar sozinho inclusive no quesito amizades até o final da minha vida. Mas queria muito desabafar. Não é mesmo coisa aqui, por trás do nome de um pseudônimo, num lugar onde ninguém vai ler os meus sentimento a respeito de ter ninguém na minha vida. Está aí um pessoa presente na minha vida, sempre: Ninguém!

Ah, esse eu conheço como nunca conheci nenhuma outra pessoa antes. Porque, como todos que já leram alguma bosta de publicação aqui sabem, eu não fico com alguém, eu não falo com alguém, eu não convivo e nem vivo com alguém. Eu sobrevivo comigo mesmo e não tenho perspectiv de mudanças.

Raiva me consome um pouco agora, mas no ritmo dessa música depressiva que estou escutando agora, logo logo entro em depressão de novo.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

ATRASO DE VIDA

Final de semana passado saí. Como raramente acontece na minha vida, conheci gente nova. Na realidade as pessoas eu já conhecia, mas acabei me tornando mais próximo nas ultimas semanas. Me chamaram para sair e eu estou nessa fase de querer sair todo final de semana porque não aguento mais tédio em casa. Já tenho tédio demais na minha vida; aulas de filosofia baratas, trabalho onde não se trabalha - pelo menos não com o que eu gosto, de verdade... Enfim, estou adorando minha vida de baladeiro.
Quando me chamaram, foi uma surpresa, na realidade, porque eu não tinha consciência de que já era tão querido por estes, que hoje me são muito queridos também. Voltando à história; saímos, chegamos em um lugar que eu não conhecia. Uma balada hétero. Fiquei meio apreensivo; não tinha ido até baladas hétero antes porque adoro me soltar na pista de dança e soltar a franga, mesmo. Foi então que amigos dessa minha amiga me disseram que sempre rola mais gay em balada hétero do que nas próprias baladas gays. Uma lógica um tanto quanto confusa, mas que eu comprei, já que queria me divertir a qualquer custo.
Acabou que a dica, conselho ou relato por experiência, não sei, estava certo. Nunca - pasmem - nunca, eu tinha ficado com um cara numa balada, e sempre fui nas gays. Inclusive já fiquei com uma menina numa balada gay; estranho, mas real. Pois bem, nessa balada hétero fiquei com dois meninos. O primeiro eu nem tinha intenção de pegar alguém, ele estava passando atrás de mim, eu enrabei e ele topou, aí já senti encaixar o rebolado e ficamos. Foi bom, sem sentimento algum.
O segundo foi mais por acaso ainda. Contextualizando-os, era uma festa open bar. Sim, eu estava BEM alterado, rs. Esses que me chamaram para sair, fumam. Fui fazer companhia a eles no fumódromo, pois sempre faço quando saio com fumantes. Não ligo para a fumaça dos cigarros, até fumo de vez em quando.
Voltando, cheguei lá e os cretinos já tinham feitos mais amizades - preciso aprender isso com eles, fazer amizades fácil. Quando cheguei, inesperadamente me choveram elogios, como "sorriso lindo" "fofo" "se eu não fosse lésbica, seria pai do meu filho" etc. Se eu adorei? Creio nunca ter sido igualmente elogiado na minha vida. Foi muito bom. Então me apresentaram a segunda vítima de meu ataque... hahaha
Lembro (quase) claramente:
(amiga da minha amiga) - Esse daqui é o Gustavo. Ele nunca ficou com um Gustavo...
(eu) - Sério?! E quer ficar?
Já deu para perceber que foi rápido, né?! Pois é, a bebida nos faz isso. E é o que eu mais gosto nela! rsrsrs
Ficamos juntos o resto da noite. Nos perdemos algumas vezes, ele quis sentar no sofá e ficamos abraçadinhos, depois rolou um clima muito sexual, tipo ele me arrastou para um canto e tirou meu pênis para fora da calça, fiz o mesmo e masturbamos um ao outro. Eu estava tão alto que nem lembrei da minha vergonha pela fimose... Quando pensei nisso ele já estava... Vocês sabem...
Enfim, adicionei em facebook, peguei telefone e tudo mais, e não por iniciativa minha.
Mas é aí que começa a pior parte.
No dia seguinte mandei mensagem, falamos um pouco e dormimos. Mandei na segunda feira, ele demorou muito para responder e já fui perdendo minha esperanças. Fiquei um dia sem mandar e na quarta, a mesma demora.
Resolvi que não seria chiclete e não deixaria pensar que eu estava apaixonado, embora estivesse quase. Então não mandei mais nada e esperei pelo contato dele. Surpreendentemente (só para mim, todo mundo já sabia) ele não mandou nada. E ainda fiquei com essa estranha obsessão para com ele. Fico olhando seu status e vejo que está online, daí fico imaginando com quem está falando e o que fiz de errado para perdê-lo.
Desnecessariamente dramático, eu sei, mas todos aqui já me conhecem bem.
Hoje ele postou um trecho de um texto que fala sobre como é bom ser solteiro e etc... Enfim, para resumir, eu perdi as esperanças. Fiquei triste de não poder tê-lo em meus braços de novo, mas aliviado por finalmente ter uma posição, saber o que esperar.

Para encerrar, vou fazer uma espécie de Post-Scriptum, para explicar o que talvez justifique essa obsessão; quando estávamos na festa ainda, minha amiga veio me elogiar de novo, e eu já estava com ele. Quando ela disse de novo "se não fosse gay, seria pai do meu filho", ele respondeu:
 - Sabe por que essas coisas não acontecem? Porque ele vai ser meu!
 Na hora, como eu disse, estava alterado, então nem liguei. Mas isso fica batendo na minha cabeça e ainda mais por ele ter me dito, na hora, que não estava mal porque não tinha bebido tanto... Se ele estava consciente... Eu não sei mais o que pensar.
Pior; tenho medo de começar a pensar e acabar chegando à conclusão de que quero correr atrás dele... Isso só me foderia de vez.

 Já falei que a carência é uma merda, daquelas bem grandes e fedidas? Porque é. Senão pior. ¬¬

domingo, 3 de agosto de 2014

50 TONS DE CARÊNCIA

O mais triste é que se eu desaparecesse agora ninguém - além de família, é claro- sentiria a minha falta.
Eu chego a implorar por um sonho onde eu tenha alguém especial; um amor recíproco que me entenda e que me faça sentir tao especial quanto ele pensa que sou e tao especial quanto ele será para mim. Se é confuso de escrever, imagina sentir.
Fico meio chateado com isso tudo porque, na minha idade, as pessoas já tiveram milhões de relacionamentos e seus pedidos mais distantes de se realizarem são viagens ou coisas de marcas caras. Enquanto eu só queria estar com alguém.
Eu fico me policiando para sempre usar o termo "estar com alguém" ao invés do habitual "ter alguém", mas, pensando bem, eu queria ter alguém, mesmo. Ter alguém não no sentido de posse contra sua vontade; ter alguém que estaria tão encantada por nosso amor que se entregaria de corpo e alma por isso, bem como eu faria.
Parece que isso só se passa em sonho. Ainda ontem comentei com minha amiga que não vejo possibilidades de começar um relacionamento, simplesmente porque não sei onde conheceria o tal. Em nenhum dos ambientes que frequentou, existe a mínima possibilidade de conhecer alguém por quem eu possa me interessar.
Mas eu adimito que queria muito, mesmo, que esse sonho virasse realidade e eu tivesse novamente vontade de acordar no dia seguinte. Drama barato, eu sei, mas é que não da mais. Eu falei que me aposentaria disso por um tempo, mas a ideia fica rondando minha cabeça. É difícil não pensar nisso porque sempre ten um casal por perto, ou historias felizes, ou momento de carência e, poxa, isso é um saco.

domingo, 13 de julho de 2014

EU NEM SEI MAIS

Gosto de parar para refletir. O meu "parar", na verdade, se resume à alguns segundos que mais parecem horas, dias, meses... até anos. Mas eu gosto desses segundos. Nesses momentos eu me vejo, desde que me lembro, em flashes e isso me mostra o que eu me tornei/estou me tornando/me tornarei.
Acredito que esteja vivendo um momento de revelações mútuas e lentas, ao mesmo tempo. Estou me revelando para comigo mesmo e para os outros também. A cada dia que passa, aprendo mais um pouco de mim, e daí tenho que decidir o que fazer com isso; contar para alguém que eu confie completamente ou guardar para mim. Até mesmo tentar o impossível; tentar esquecer.
Quando digo alguém em quem eu confie completamente, é difícil pensar num nome. Não porque eu não confie em alguém; na verdade existem várias pessoas em quem eu confio, até demais, se considerarmos que confiança não se dá assim. Mas não confio no que eles farão depois disso.
Com o devido medo de ser repetitivo, de já ter contado isso aqui, vou explicar.
Conheci meus amigos de um jeito. O jeito que eu costumava ser. O "eu-interpretado"; afinal de contas eu sempre interpretei o papel de mim mesmo, desde que me lembro. Tentando ao máximo me conter, mesmo depois de entender isso tudo, talvez principalmente a partir daí. Só quando entendi o que eu sou é que pude me aceitar. Infelizmente vivemos numa sociedade assim, então é a minha realidade.
Quero chegar num ponto, que é: nos aproximamos daqueles com quem nos identificamos. Se, por um acaso, aquele que eu me aproximei, deixar de ser aquele com quem eu me identifiquei, vou me afastar dele. É uma relação lógica para mim.

Fico com medo de perder meus amigos, sim. Só os amigos de anos atrás, na verdade. Pelo o que tenho notado não vai ser tão fácil assim fazer amizades sinceras daqui para frente. Todos parecem ser de outro planeta; meio estranhos e interesseiros. Por isso não posso me dar ao luxo de perder os que eu tenho. São meus. Penso assim e ponto.

Eu quis escrever esse post falando sobre esquecer meus problemas quando assisto à séries, como a ultima que vi, Orphan Black. Falar também sobre a minha eternamente presente carência. Tinha até pensado em falar no meu quase imperceptível jeito explosivo, o qual eu nunca uso então ninguém sabe que eu tenho, às vezes até eu duvido. Parece que nem passei perto desses temas. Acho que deve ser um tipo de marca registrada minha. Rodear mais do que parece ser possível e não chegar em lugar nenhum. Depois me arrepender. Gente, isso é TÃO a minha cara!

sexta-feira, 11 de julho de 2014

ESSA É MINHA:

"[...] não gosto de trabalhar com títulos; quem eles pensam que são? Se apenas uma palavra, ou um resumo, representasse tudo o que tem ali expressado, eu teria usado só aquela palavra, ou resumo, ao invés de fazer o trabalho completo."

A LEMBRANÇA

Sobre outro momento, achei legal seguir o "padrão"...

Outro dia desses te conheci. Não liguei pra isso.
Acabei por te notar tarde demais, na verdade.
Minutos depois nos perdemos e, depois, reencontramos.
Eu estava decidido, não podia perder mais tempo
e acabei por agarrar a oportunidade que tive -
coisa que eu não sabia que tinha
tamanha capacidade de fazer.
Senti sua mão na minha nuca, imediatamente
agarrei sua perna, onde consegui alcançar,
do jeito mais desajeitado e menos atraente possível.
Quando descolamos, sabia que não mais te veria
Mas não consegui fazer nada senão esperar
Por outra chance ou que você se atirasse,
o que eu sei que jamais faria.
Naquele dia te dei um abraço e um simples
beijo no rosto.
Só mantenho a lembrança, da forma mais maníaca
e possessiva que pode-se imaginar.



 O primeiro: http://prarespirar.blogspot.com.br/2014/05/o-papel.html

TWEET

"Eu sei que escrever mais de 140 caracteres é relativamente contra a política e intenção do site, mas, às vezes - não sempre - precisamos escrever mais do que isso, de uma vez só e sem tentar ser engraçado ou chamar atenção de qualquer maneira que seja.
Aliás, comecei a utilizar de fato esta conta que tenho desde sabe-se lá quando, com o único propósito de falar o que eu teoricamente não posso, ou simplesmente não quero, em outros lugares. Em meu nome.
E tenho me sentido culpado - como sempre, na verdade - por algo que não é minha culpa. Eu realmente não acho que eu seja obrigado a fazer coisas que eu não queira, pelo menos por ora, e também não acho que todos ao meu redor são obrigados à entender; é só que me parece algo tão simples! Não vou entrar nos detalhes sórdidos, mas acho de tamanho egoísmo pensar apenas no seu lado. Acreditem, considerei todos os lados possíveis e imagináveis para isso e, a única explicação plausível, é que eu nunca signifiquei nem nunca significaria nada. Honestamente, não é o que eu quero. Li esse dias "Não estou procurando nada, porque não perdi", e isso me fez incrível sentido.
Escrever o que penso, aqui, me dá certo alívio. Por isso me sinto na obrigação de fazê-lo.
Mesmo que ninguém vá lê-lo (e principalmente por isso)."

sexta-feira, 4 de julho de 2014

ATUALIZAÇÃO

Bom, o que posso dizer? Minha vida continua na mesma.
Claro, agora tenho um emprego e faço coisas que, em maior parte, gosto - e sou muito grato por isso.
Ainda não estou namorando ninguém. Não lembro se cheguei a mencionar aqui, mas comecei a utilizar o Tinder com o intuito de achar alguém.
É difícil, na verdade. Muito engraçado, devo-lhes confessar; julgar os outros sem compromisso nenhum e ainda rir das pessoas feias me deixa entusiasmado! rs
Mas é difícil. Quando encontro alguém em quem eu (incrivelmente) não aponto defeitos, tem ainda a questão inteligência e tudo mais.
Tenho trocado mensagens pelo whats app com um dos matches. Ele é legal e fala de um jeito todo especial, o que faz dele especial para mim.
É só que eu estou tão carente que qualquer coisa já me faz envolver e eu não gosto disso. Apesar de ser ótimo sentir que eu não estou morto e que ainda tenho a capacidade de me apaixonar, mesmo com o coração cheio de hematomas, é horrível ficar com dúvidas.
Dúvidas sobre se ele é quem diz que é, quem aparece na foto - porque isso tem influência SIM, nem adianta tentarem me convencer do contrário, porque é mentira. Dúvidas sobre o sentimento que estou desenvolvendo contra a minha vontade será correspondido. Dúvidas sobre o por que ele demora TANTO para responder o whats app que eu mando. Dúvidas sobre, se ele gostar mesmo de mim, será que vai dizer "eu te amo"? Dúvidas sobre o que vai acontecer se, um dia, terminarmos. Será que vou entrar em depressão ou fazer qualquer babaquice que as pessoas por aí vivem fazendo?
É claro que não sei nenhuma dessas respostas e, mesmo que soubesse, a maioria não mudaria minha vida. Mas sou assim, sofro por antecipação.
Queria saber lidar melhor com tudo isso, mesmo. Parece que sou uma criança recém chegada na pré-escola e se deparando com o primeiro amor. Óbvio que esta posição já foi ocupada na minha vida, de ambas as formas - por homens e por mulheres.
Não sei, só precisava desabafar, por que me sinto preso, sem ter para quem contar o que me acontece.

terça-feira, 24 de junho de 2014

TRISTE REALIDADE

Eu sou o que eu sou e ninguém pode negar; quem me conhece há pouco sabe como eu sou e quem me conhece de longa data até adivinha o que vou fazer.
Posso ser o quão rebelde eu quiser, mas nada vai mudar este fato: sou previsível.
Ok, até visto a carapuça. O problema é: "No que focar quando você aceita?". Eu já aceitei muita coisa na minha vida; minha sexualidade, meu jeito, tudo o que é meu e que eu fui descobrindo aos poucos eu fui aceitando, até mesmo a minha suposta incapacidade de dizer não e de fazer com que as pessoas me olhem como um monstro ou qualquer coisa do gênero (na verdade a capacidade eu tenho, só não gosto muito de usar) - contra as quais eu travo uma batalha diária.
Ou seja, eu mudo, sempre e constantemente. Gosto disso até, não tenho como me descrever porque detesto atualizações de coisas já feitas, prefiro fazê-las de novo, então é melhor simplesmente não descrever para não ter que corrigir.
E nisso de ter no que focar eu me pergunto: Qual a minha razão? Pelo o que eu luto? Por quem eu lutaria?
E eu não sei. Não tem ninguém nesse nível na minha vida. Lógico, tem família, mas creio que todos sabem que não é disso que estou falando. Isso é um cuco permanente que, de vez em quando, vem (me) atormentar.

A carência pode ser definida de vários jeitos, dependendo de por quem ela está sendo sentida. No meu caso, é a falta de ter alguém com quem contar, para tudo, alguém que eu possa realmente abraçar da maneira que eu quero, alguém que me dê a mão e que enxergue beleza onde nem eu posso; em mim mesmo.
Eu sei, eu sei, sou um eterno romântico/iludido, mas, como já disse, tem coisas das quais não podemos fugir, e essa é uma delas - infelizmente, diga-se de passagem.

É simplesmente incrível como eu adoro dar voltas e não falar nada, né?! Mas, na verdade, a razão de tudo isso é que me interessei por um garoto do twitter - sim, de novo.
Eu não sei, é que eu fico tão preso em casa que as janelas que se abrem perante a mim sempre são através da internet. O foda é que eu nem falo com ele, nem com ninguém além da minha irmã naquele site e é estranho eu ficar me interessando assim pelas pessoas que eu nem conheço e nem sei nada a respeito... Pode ser carência, claro que pode, mas o fato é que eu fiquei interessado. Vê-lo chorar me deixou de coração partido, ainda mais quando eu sei que é por outra pessoa.

Estava realmente triste hoje (eu). Fui levar minha irmã até o fim de mundo em que ela vive e voltei com pensamentos suicidas. Só pensamentos mesmo, eu me acho muito inteligente para tentar alguma coisa na verdade. Mas não é meu habitual.

Mais uma vez, a conclusão lógica e que resume toda a minha vida; eu preciso de um psicólogo, não de um namorado.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

TODAY

Fico meio inconformado com algumas coisas que vejo no meu dia a dia. Trabalho no setor de comunicação e marketing de uma faculdade, onde sempre nos incentivam a inovar para o bem dos alunos e nos manter como os melhores em diferenciais e infraestrutura. Um colega meu teve uma ideia e eu gostei, seria quase como aplicar meus conhecimentos, ensinando-os, por assim dizer, para outros (os alunos).
Pois bem, agarrei a ideia e resolvi contá-la para a coordenadora geral dos cursos. O resultado foi um susto gigante.
Enquanto nos falam no trabalho e na faculdade que precisamos, cada vez mais, ser profissionais completos, que façam a diferença realmente, os líderes que temos e que nos instruem a isto são os mais incompletos que existem. Nessa minha tentativa de agregar conhecimento de humanas aos alunos de exatas, o que os tornaria mais completos, sem via de dúvidas, essa mesma pessoa pela qual tem que ser aprovada a minha ideia não consegue interpretar o que lhe é exibido.
Traduzindo, expliquei cinco vezes a mesma coisa e ela cismou por não entender nada, repito, nada do que eu disse.
Ainda quis discutir - no bom sentido da palavra, é claro - a respeito de nomenclaturas as quais eu aprendo há dois benditos anos na faculdade e por um acaso ela, que não sabe a diferença entre couché e sulfite, acha saber mais que eu.
Desculpe-me, mas fico realmente abismado com o nível de conhecimento que nossos líderes, representantes, ou seja lá como queriam chamar, têm. Há pouco tempo descobri que a coordenadora do meu curso na faculdade nem formada é.
Cadê a completude da droga de conhecimento desse povo, que tanto nos quer ver completos?
É claro que não vou desistir das minhas ideias e muito menos de reivindicar o conhecimento que me é de direito, mas isso sempre dificulta as coisas.

domingo, 15 de junho de 2014

MAIS POEMAS

Não me interessa muito o que alguém que esteja lendo este blog pense, afinal nunca ninguém comenta nada mesmo. Aliás, o intuito desse blog não é ser visto, portanto se tem alguém vendo... Não precisa ir embora, mas não faço nada especificamente para ver. Porém, pode sentir-se a vontade.

Enfim, tem mais poemas que fiz e são esses:

Não é bem
nem bom
É só o medo
que pode ser um
ou outro
Mas que decidiu-se
pela indecisão

Não tem alívio
Não tem pressão
Nem a vontade
é mais noção
Do que a dúvida
da necessidade
Sobre a razão

Podem ser dois, pode ser apenas um. Interprete como quiser.

BOLETIM

Hoje o dia começou bem mais ou menos, na verdade. Acordei cedo porque precisei ir trabalhar de ultima hora, mas nada muito comprido; na verdade eu  fiquei dentro de um táxi quase 1 hora. Nada a mais.

Eu já estava tentando marcar desde semana passada de sair esse final de semana, com o mesmo pessoal com quem eu sempre saio. Daí, enfim, confusões a parte, acabei indo para um barzinho na Vila Mariana que, meu deus, não quero voltar tão cedo - talvez nunca mais na minha vida.
Um lugar BEM trash e tive que pagar R$ 30,00 para entrar, daí quando fomos ver, a banda que eles queria ver já tinha tocado, daí saímos, simples assim.
Dinheiro jogado no lixo.
Depois fomos para o shopping e eu engordei um pouco comendo BK, mas nada que eu possa fazer a respeito.
O que me deixou meio esquisito foi ter visto minha amiga toda cortada e tomando remédios para depressão e, sei lá. Nunca achei que ela seria desse tipo e, se fosse, jamais achei que chegaria em tal ponto. Fiquei bem triste com isso.

Como sempre, não tenho nenhuma conclusão, pelo menos ainda. Então vou encerrar com meu típico "Sei lá".

quinta-feira, 12 de junho de 2014

COPA DO MUNDO

Todos num clima mundial de alegria, torcendo pelo seu país sair com a vitória desse torneio que é celebrado a cada quatro anos de longa espera.

NÃO. Chega de copa do mundo, chega de papo furado, chega de hipocrisia, chega de gente chata. Hoje eu acordei 3, eu disse três, vezes e dormi de novo porque me recuso a ficar confraternizando nesse clima de babaquices e tudo mais. Todo mundo esquece, simplesmente, o resto do mundo.
Existe gente mais burra que brasileiro? Em meio a protestos e injustiças recentemente expostas no país, todo comemorando gols? Me poupe. Não tenho paciência para esse tipo de coisa.

Quase não fiquei o dia inteiro com a minha família porque eles estavam assistindo futebol e também não podia abrir o meu facebook, porque todo mundo de verde e amarelo. Decidam-se, ou exigem condições de vida ou comemoram dribles insignificantes.

Sabe, meu sonho de morar em NY se dá ao "fugir da minha família"; difícil acesso, falta de comunicação... seria o paraíso! Agora, eu não acredito que exista um país sequer no qual eu posso fugir da droga desse evento.
Se existir, por favor, me enviem já por comentário e com o link da passagem aérea, o mais rápido possível. Grato.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

POEMA

Seguindo pelo caminho que dei início ontem, de madrugada escrevi outro poema.

Enquanto você discursa o não
Teu peito explode com um simples talvez
E pode ser que não saibas, mas
O surgimento da tal luz que nos é prometida
Acaba por não apenas iluminar o fim
Mas o túnel por completo
E a escuridão teme mais que tudo essa claridade
Então por mais errado que nos pareça
Agarre quem te quer, se o quiser de igual forma

SARAU

Estava aqui, sem saber para onde minha criatividade se apontava. Decidi, então, escrever poesias e gostei. Daí, vou postá-las aqui, agora. São quatro poemas, teoricamente ligados ao mesmo tema. Não têm títulos, mas prefiro-os assim mesmo.

A beleza de deixar aproximar
o inaproximável
E sorrir no que dói
É a mesma de sonhar
com o impossível
E sentir alívio



Quando penso no teu rosto
Sinto o teu toque
E quando vejo teus olhos
Sinto teu cheiro
Mas quando engulo-te
Sinto apenas o teu gosto




Enquanto me inclino
Para pensar você
Minha vida se inclina
Para por cima da sua
E para baixo de novo
Envolvendo-te num laço
Que reluta sem forças
E nos junta
Como num só


terça-feira, 10 de junho de 2014

RABISCO

Depois de um trabalho da faculdade, no qual tive que me expressar através de desenhos - com os quais não sou nem um pouco bom -, descobri que sei fazer uns rabiscos que parecem com alguma coisa. Considerando que é um tipo de arte BEM relaxante, procuro sempre fazê-la.
Nem sempre consigo me expressar apenas com imagens, por isso tem algumas palavras ou até frases. Mas, sei lá, eu gosto desses desenhos.
Esses dois abaixo são de minha autoria:

  
 Não sei ao certo, acho que gosto da ideia de (tentar) desenhar olhos porque acredito no lance de porta da alma, etc...
  

Esse foi mais pensado em como um conselho para qualquer que se atreva e iniciar um relacionamento comigo.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

TROUXAS

Infelizmente o tema desse post não será Harry Potter. Bem que eu queria que minha vida fosse mágica igual à dele. Mas não.
Acabo de voltar do exército. Fui para a quinta chamada e esses babacas não dizem nada. É impressionante a falta de organização e de orientação que lhes é presente. Estou neste processo de seleção desde abril do ano passado e não pensem que quero servir; não quero e, mais do que isso, eu não vou servir. Primeiro porque não tenho um pingo de orgulho dessa bosta que alguns tem a pachorra de chamar de nação. Segundo porque sou a pessoa mais indisciplinada que existe na face da Terra. Terceiro que não sei nem desparafusar uma porta, quem dirá carregar arma e fazer todas as bostas que eles fazem. Quarto que trabalho, ganho bem e estou na faculdade, com bolsa integral; tenho um futuro pela frente e isso - felizmente - não envolve correr no quartel.
Enfim, tenho esta data comigo desde o começo do ano e, agora que voltei, mandaram apenas voltar no mês que vem. Estou com muita raiva porque fiquei muito nervoso e ansioso e pensei que sairia ileso disso, já hoje, Mas não, ainda vou ter que esperar mais um mês. Ter mais um mês de família babaca me enchendo a paciência porque eu tenho que correr atrás das coisas e desacreditando de tudo que eu falo. Tem mais essa também: moro com uns bostas babacas.
Meu humor hoje está tão bom quanto chorume. Não fale comigo, não me toque, não me olhe, sequer abra a boca perto de mim.

Para piorar um pouquinho tem uns babacas duns metroviários (motorista de metrô lá é categoria?) fazendo greve e então a cidade está parada. A vida de nós, paulistanos, que moramos e sentido essa droga de cidade na pele e sabemos o estresse diário, ainda temos que aguentar trânsito por conta de gente que nem faz nada e quer receber mais do que já recebe.
De verdade, se eu tivesse o salário deles, estaria contente. E se quisessem mais, que tivesse estudado. Faculdade tá aí pra isso, escola e tudo mais. Estar aonde eles estão é consequência de nunca terem se esforçado.
Isso é o que penso com a cabeça quente e sem refletir muito porque estou com raiva.
Pronto, falei.

domingo, 8 de junho de 2014

sexta-feira, 6 de junho de 2014

CONFUSÕES DE MINHA VIDA

Essa semana foi um tanto quanto boa. Sim, eu me senti melhor do que geralmente eu sinto, o que já é um grande avanço.
Como eu disse anteriormente, estou trabalhando. Definitivamente não é o que eu quero fazer em publicidade - acho que é a única certeza que eu tenho - mas eu preciso do salário, e como o serviço não é muito, compensa.
Eu sou uma pessoa comunicável; nunca fico sozinho, onde quer que seja (só queria dizer que isso é uma grande de uma mentira; a decorrência de minha solidão é equivalente ao número de vezes em que eu acabo sozinho).
O esquema é o seguinte: se ninguém vem falar comigo, eu continuo com a minha cara de estressado/bravo/mal-amado e não falo com ninguém também. Com o tempo essa cara vai assustando mais as pessoas e elas nunca vêm falar comigo. Porém, se alguém direciona a palavra à mim, começa a dar risadas, conversar e ser o tal sociável.
Com toda a certeza isso influenciará e MUITO na minha decisão de trocar de faculdade ou não. O fato de eu estar me sentindo sozinho onde estou, conhecendo um monte de gente, só me mostra que vou me sentir mais sozinho ainda quando não conhecer ninguém.

Eu sou o tipo de pessoa difícil de lidar. Eu, depois de tudo o que passei - emagreci, me descobri gay, me vi sozinho e desamparado -, sei que minha solidão é mais comum do que chuva de verão. Sempre me sinto sozinho, mesmo quando no meio de um monte de gente. Já vi pesquisas que dizem que sou introvertido e mais uma quantidade enorme de reportagens que citam sintomas que eu aparentemente tenho para justificar minha insociabilidade com alguma doença.
Sim, eu sou anti social e não faço tanta questão de ser diferente. Afinal de contas, eu acho que se você quer agradar todo mundo, acaba por não agradar o mais importante: à si mesmo.

Eu já fui assim; falava com todo mundo, nunca quis decepcionar ninguém e sempre tive PAVOR de que alguém que eu considerasse meu amigo/amiga parasse de falar comigo.
Até que isso aconteceu de verdade no colegial. E eu aprendi a lidar com isso. Aprendi que isso sempre vai acontecer por motivos que, infelizmente, não controlamos.
Se eu pudesse voltar no tempo, jamais teria permitido o meu rompimento com as únicas duas pessoas na sala com quem eu realmente me identificava. Lógico que tem uma quarta, mas essa ainda anda comigo e é minha amiga. Sinto falta dos outros, de verdade.

E a grande questão nem é essa. Para ser bem sincero já estou cansado e pensar e pensar em vários assuntos diferentes e acabar sempre com esse mesmo problema nas mãos. Não vou resolver isso tão fácil, já que não vou chegar e pedir desculpas ou fingir que nada aconteceu. Assim como eles também não vão. Portanto, que sigamos nossa vida.

Eu comecei esse post porque, na verdade, queria falar sobre a frustração que é quando você entra no mercado de trabalho e descobre que não vai usar nem metade do que aprendeu na faculdade. Têm sido realmente frustrante para mim lidar com o fato de que tenho apenas que ler gráficos e que não sirvo nem para operar uma câmera (é claro que sirvo para operar uma câmera, fiz aulas um semestre inteiro; digo isto porque quando fui opinar a respeito de configuração da câmera - coisa que eu sabia o que estava falando - fui retrucado com secura e grosseria).

Sei que sempre exagero e talvez eu esteja exagerando mesmo. É que é difícil para mim não ser correspondido, por isso também que não é de meu costume tomar a iniciativa em relacionamentos e contatos esporádicos no dia-a-dia. E, como tenho que fazer isso para interagir no trabalho, fico muito chateado desses babacas que estudam TI e são mais retraídos do que um caramujo não corresponderem com tamanho ânimo que os envio quando me comunico.

A má vontade também é clara para com aqueles que não sabem fazer o que eles fazem. Isso tudo porque eles consideram que a minha profissão é mais fácil que a deles. Realmente, não tenho que mexer com números nem ficar usando ferramentas para abrir computadores, mas vá fazer uma campanha publicitária e me diga à respeito da facilidade.
A facilidade de mexer com a sua cabecinha oca de gordo ridículo que adora McDonald's e é completamente alienado pela mídia. Realmente, bem fácil.

Às vezes eu canso de viver sem nenhum motivo óbvio. Seria tão mais fácil se eu pudesse contar com alguém. Sim, me referindo a namorado. Mesmo sabendo que toda essa carga que eu vou acabar jogando em cima de alguém é muito pesada para qualquer um, tenho a esperança de que algum dia vou conseguir me arrumar com alguém. Vou poder abraçar alguém e sentir os braços desta pessoa em minha volta, retribuindo com tamanho amor e carinho tudo que lhe é ofertado.
Queria que este dia chegasse logo. Não aguento mais esperar por você.

terça-feira, 3 de junho de 2014

A GRAÇA DA DESGRAÇA


É engraçado como reagimos a certas situações com as quais nos deparamos.
Como já é de conhecimento geral, estou vivendo uma época de desesperos; não choro mais de madrugada tem um bom tempo, desde que superei o falecido, mas ainda assim me sinto carente ao extremo. Frases de autoajuda não me ajudam nem um pouco. Não consigo acreditar nesse papo de "você tem que ser feliz sozinho".
É claro que entendo e concordo plenamente com a parte de que ninguém vai te completar; se você não consegue se manter em pé sozinho, se mata, porque ninguém vai fazê-lo por você - péssimo com metáforas, se não entendeu, não tente.
A questão é que eu já atingi meu apse comigo mesmo. Agora preciso de companhia! Para evoluir como pessoa e aumentar minha bagagem, preciso vivenciá-las.
Não digo que estou procurando um namorado apenas para viver novas experiências e carregar isso sozinho para o túmulo. Claro que não! Eu quero viver com alguém especial.
Essa é minha motivação para tudo isso. Meus conceitos acabam por se perder no meio de tanto desespero. Desespero esse, que engole tudo o que vê pela frente. O que me salva é ser tão romântico e patético que o desespero acaba morrendo de tédio.
Tenho a devida noção de que não casarei com o meu próximo namorado. Assim como provavelmente morrerei odiando meu marido. Ou não. Como sempre, o futuro sendo tão imprevisível.

Na verdade, minha principal objetivação com este post era escrever sobre como estou me apaixonando por um cara do twitter e que não conheço; nunca vi na vida. Vi umas fotos no instagram e um vídeo que ele fala umas coisas - e que voz! Eu só sei que não vou me deixar cair nessa de novo.
Preciso ser bem sincero. Nos ultimos dois dias eu tenho prestado atenção nele e meio que me entregado. O bom da paixão platônica é que ela não depende de resposta. Mas não quero nutrir nada disso dentro de mim porque sempre pretendo que acontece algo não-platônico. E, se por um acaso entranho do destino, eu conseguir, vai ser muito mais uma relação de fã-ídolo do que namorado.
Honestamente estou cansado de sempre ser o babaquinha apaixonado. Talvez tenha sido isso que me chamou atenção nele; ele também é como eu, apaixonado ao extremo. Tanto que tenho medo de insistir em uma e ele tentar encontrar o ex-namorado dele em mim, o qual ele claramente não superou.

É impressionante como tenho um mega ímã que atrai tudo que é problemático na face da Terra, né?! O pior nem é atrair, é ser problemático também e ainda aceitar esses problemas.
Não sei mais o que fazer. Quase fiz uma loucura hoje. Ia comprar um ingresso para sentar ao lado dele no cinema e, enfim... Não tinha lugar ao lado dele e descobri que ia acompanhado, só não sei que tipo de companhia é: amiga ou peguete.
Tão brega falar peguete. Mas é o termo correto.

O que eu acho cruel no mundo é ter tanto amor em mim e ele estar preso, porque não existe ninguém para quem eu queira dá-lo. Não posso dizer que não tive a oportunidade pois o último carinha com quem fiquei estava apaixonado por mim. Porém eu jamais aceitaria ele daquele jeito. Por mais educado que eu seja, acabaria por soltar alguma besteira ou dando alguma gafe. Isso só machucaria ele e seria uma pessoa magoada, ao invém de apenas rejeitada, como foi o caso.

De fato, tenho medo de comunicar-me quando o assunto é esse. Preciso de aulas. Alguém chame o Hitch dos gays, por favor.

domingo, 25 de maio de 2014

OCORRÊNCIA

Como novidade posso contar que finalmente consegui um emprego. Consegui um estágio na minha área - provisória -, em publicidade.
Cuido das mídias da empresa; do site, páginas no facebook e twitter e etc.
É estranho porque eu tenho a sensação de não fazer muita coisa e, essa semana, um professor e sua estagiária, de outro setor, me pediram ajuda e eu me senti muito bem em ser útil.
Ainda tenho medo de fazer algo errado e acabar por estragar essa oportunidade, que me será muito boa se prolongada.

Na faculdade me aconteceu algo que me chateou um pouco; estava conversando com minha amiga e, no meio da conversa, disse que um menino - que eu não gosto - estava fingindo ser fotógrafo. Falei, brincando, que ela também. Na hora todos rimos e eu achei que ela houvesse entendido como brincadeira.
Qual não foi minha surpresa quando vejo no facebook um texto enorme dela, me citando, e alegando não ser uma pseudo-fotógrafa. Os comentários de familiares e amigos dela dizendo acreditar em seu talento e oferecendo-se como apoio que se seguiram me transformaram, mais ainda, num tipo de monstro que até eu teria medo.
De qualquer forma, eu sei que esse tipo de brincadeira não será mais feita com ela. Talvez nenhum tipo de brincadeira. Não tenho a menor paciência para gente carente que adora se vitimizar, da forma mais dramática possível. Estou, mais uma vez, com raiva.

O PAPEL

Outro dia desses, te vi. Gostei disso.
Porém, como de costume, não fiz nada além de olhar.
No dia seguinte, não estava mais lá.
Uma semana depois, você veio de novo.
Eu decidi me livrar de minha zona de conforto
e te pisquei meu olho esquerdo;
do jeito mais desajeitado e menos atraente possível
pois não sou o que se chama de experiente.
Você sorriu, não sei se achando engraçado
ou se foi a retribuição do que não esperava.
Quando saía, e sabia que não mais te veria
me aproximei e meu nome escapou pela minha boca.
Não consegui assimilar a sua resposta, apenas olhar;
olhar para o papel que você me deu
o qual eu guardo até hoje
com seu nome e número.
Naquele dia nos falamos um pouco.
Depois dele, nunca mais.
Só mantenho o papel, da forma mais maníaca
e possessiva que pode-se imaginar.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

PERDIDO

É estranho o modo como me sinto agora. Não consigo descrever, e o procedimento de respirar fundo e pensar "quais são meus reais problemas" aparenta já não funcionar mais tão bem quanto deveria.
Perdido. Eu estou perdido no show que se chama vida. Não consigo me desenhar um rumo e não posso; não tenho como sorrir e viver "deixando a vida me levar". Sou o tipo de pessoa que sempre teve tudo planejado e tudo certo, definido como seria. Por mais certezas que eu tivesse de que aqueles planos não funcionariam, eu sempre tinha um back-up para realizar.
Hoje não. Não sei o que esperar, não sei o que devo fazer. Me sinto inseguro de mais para tomar certas decisões, das quais eu talvez me arrependa mais tarde. Porém tenho a necessidade de não permanecer do jeito que estou, porque não faz mais sentido essa encenação de felicidade.

Estava pensando outro dia, e acabei por postar no meu twitter que minha vida é vazia. Creio ter sido a coisa mais sincera e sensata, ao mesmo tempo, que eu já pensei e terminei registrando.
Parando para analisar, o que eu tenho? O que eu sou? NADA. Essa é a resposta.
Quando estou com meus amigos me sinto bem, mas não há nexo em seguir sorrindo por aí. Não tenho razões para tal. É como se agora eu fosse um buraco negro, que vive de energias sugadas, e só consegue deixar destruição por onde passa.
Tem toda aquela questão de não ter um alguém para chamar de meu, e não ter uma razão mais que especial para nada.


Tudo me irrita! Tudo mesmo! A preocupação da minha avó, que eu compreenderia em tempos normais, é de tamanho peso na minha cabeça que quase brigo com ela só de falar um simples "oi". E é claro que não é só com ela; todos - principalmente família -, quando abrem a boca, por mais gentil e carinhoso que seja o comentário me tira do sério. Não consigo mais enfrentar nada assim, já que o que me afronta parece ser maior que eu mesmo.

Não sei o que realmente ocorre. Pode ser o peso da mentira sobre meus ombros, me empurrando cada vez mais para baixo enquanto eu não digo à todos que sou gay. Claro que pode ser, é uma coisa que tenho que trancar dentro de mim toda vez que chego em casa; tudo o que falo tem que ser pensado antes para não me proporcionar nenhum mal estar psicológico.
Pode ser o fardo de ver uma de minhas melhores amigas seguir a carreira que eu e ela tanto sonhamos juntos, enquanto que eu faço algo que, teoricamente, não me levará à lugar algum. É claro que penso em me estabelecer financeiramente antes de seguir minha carreira no teatro, mas sejamos realistas. Até eu me estabelecer financeiramente, terei quantos, talvez 30 anos? Quero fazer muita coisa até lá, quero viver. E qual a possibilidade de ingressar nesse mercado com 30 anos? Quase nenhuma.

Eu também fico atordoado porque, quando me dedico aos trabalhos de publicidade, curso ao qual tenho me aplicado, não tenho o apoio dos meus colegas de grupo. Em minha concepção, entramos em um grupo para que pudéssemos desenvolver pensamentos e ideias juntos, todos reunidos e todos pensando diferente, discutindo de forma saudável o destino do trabalho. Mas não! Acaba tudo sobre as minhas costas; tudo sou eu quem tem que fazer. Claro que não posso deixar de citar quem faz o que lhe é cabível, mas eu nunca acho que está bom, sempre tenho que tentar melhorar de alguma forma e para que eu melhore, tenho que refazer. Tenho a certeza que parte desse meu desentendimento comigo mesmo é resultado do trabalho que está em andamento na faculdade e que no qual ninguém faz nada direito! Consigo contar nos dedos quem chegou onde devia chegar. Quem me mandou o trabalho quando eu queria que mandasse, não está nem um pouco interessado em nada. Quer a nota/diploma e eu tenho a quase certeza de que não vai trabalhar na área.

Minha vontade era a de trancar o curso, começar teatro e, se não desse certo, voltar para a publicidade. Mas a realidade de ser pobre e não ter o poder aquisitivo necessário para pagar um curso de teatro é maior que eu, também. Não posso pensar sequer em fazer um curso de canto, porque não tenho dinheiro suficiente para tal investimento.

Eu não sei o que fazer. Hoje, durante a aula, senti um vontade, um desejo, uma necessidade imensa de um abraço sincero, daqueles que eu só ganhei de uma pessoa até hoje. E daí vem mais uma parte da minha depressão, que eu espero ser passageira.
É tão triste não ter razões; viver sem rumo... Eu me mataria, porém não tenho a coragem necessária. Não me restam forças para lutar com esse sentimento, eu as uso para caminhar e me manter em pé todos os dias.
Como eu queria ter um ombro amigo. Melhor, um ombro mais que amigo, um ombro amado. No qual eu pudesse chorar desesperadamente e depois tudo estaria tranquilo, porque tudo estaria ali ainda. Nele. Ele seria meu tudo. Meu todo.
Ao mesmo tempo que tenho esse desejo, sei que é uma carga muito grande, que provavelmente ninguém aceitaria. Provavelmente ninguém nunca vá aceitar. E meu destino é esse.


Um eterno apaixonado, sem paixão alguma.

terça-feira, 22 de abril de 2014

O PENSADOR

Estava dando uma passada pelo meu orkut - sim, aquela ferramenta antiga que costumávamos usar e achar o máximo - quando descobri um texto de minha própria autoria e que gostei bastante de ler. Me fez lembrar o quão bom escritor eu posso ser, desde sempre! Leia-o a seguir:



E quando não temos mais para onde ir? Quando não sabemos que direção seguir, que rumo tomar? Ficamos parados, esperando algo acontecer ou corremos atrás? Do que podemos ter certeza? O que é para sempre, o que acaba hoje? Nossos amigos são melhores que a família, ou a família melhor que os amigos? A quem devemos priorizar? Todos estarão lá para quando você puder voltar? Irão embora? De que maneira? Eles prometeram que ficariam! E agora? Com que eu posso contar? Devo fazer novas amizades? Mas e se eu me machucar de novo? E se você descobre quem você é e depois descobre que havia descoberto uma farsa? E se você tem vontade de chorar mas as lágrimas já não lhe sobram? E você se descobre novamente, de um jeito mais intenso, porém não tem coragem de se jogar pelo simples, no entanto complexo, medo? Medo de se magoar. De se decepcionar. De tentar chorar e não conseguir. De ver que a sua vida pode ter um final feliz, mas longe dos que você gosta e admira. De saber que, talvez, ninguém te ame. De se sentir a pessoa mais sozinha do mundo de novo....e de novo....e de novo. Talvez você pense que é o sujeito mais sofrido do mundo, e talvez você seja o sujeito mais sofrido do mundo. Pois sempre que está prestes a ter uma melhora pessoal, colocam um obstáculo e esfregam na sua cara a humilhação, a derrota. E agora? Devo desistir? Prosseguir? O que devo fazer para conter as lágrimas que me faltam? Serei capaz de superar algum dia?
Honestamente, não sei. Não sei de nada. Não sei se vou saber algum dia. Não sei se vou conseguir tudo o que eu quero. Não sei se serei capaz de ser feliz. Não sei se serei amado.
Só posso ter uma certeza. A de que não tenho nenhuma. :'(

segunda-feira, 21 de abril de 2014

WORK

Trabalhei, durante os três últimos finais de semana em um parque da região. Coisa grande, não aqueles de rua, um bom e caro. rs
A experiência foi legal, conheci bastante gente, inclusive pessoas interessantes.
Durante os dias de trabalho, estava de olho em um cara que trabalhava no parque, e percebia que ele também me olhava. No último dia de evento, decidi que chegaria nele e tentaria conversar, porque vai que dá em alguma coisa...
Perguntei para algumas pessoas do parque com quem fiz amizade e descobri o nome dele e que é gay. Apesar da minha decisão, da qual falei anteriormente, quem já meu alguns de meus posts sabe como eu sou - nem um pouco decidido, por mais que eu já tenho algo como certo, não significa que vou faze-lo. Acabou que, quando passei ao lado dele, percebi que estava levantando para me dar atenção, então parei. Cheguei me apresentando, sem saber o que falar realmente, sou péssimo nessa coisa de paquera e tals.
Levei um chocolate, mal não faria! Quando encostei na grade, ele veio em minha direção e quando disse meu nome, ele me entregou um papel e me disse "Aqui tem meu número".

Juro que foi uma das melhores sensações que eu já tive na vida! De algo que pelo menos começou a dar certo. Eu peguei o papel, fiz um carinho no braço dele e fui embora, com um sorriso que ia de orelha à orelha, ou mais! rs
É engraçado, toda vez que eu penso nesse momento, me vem a mesma sensação e a mesma vontade de sorrir e a mesma alegria... É tão bom!
Quando saí, depois do expediente encerrado, mandei uma mensagem para ele, perguntando se estava tudo bem. Ele me respondeu que sim e fez a recíproca. Quando respondi que "sim, tudo bem também", mandei junto a pergunta sobre que horas eles sairia. Ele demorou à responder, e quando o fez disse que já tinha saído. Perguntei se queria conversar - com apenas esse objetivo mesmo em mente - ele disse que seria uma ótima ideia, porém que já estava na estação do trem. Não sei se foi a real intenção dele, mas me pareceu um tanto quanto seco. Porém conversamos um pouco por mensagem. Meu celular, que está com problemas na bateria, desligou e não pude mais responder às mensagens, ou continuar um diálogo.
Quando cheguei em casa tentei continuar, mas ele não mais me respondeu. Fiquei desapontado, afinal me pareceu tão interessado em uma hora e, na outra, tão às avessas.
Esperei hoje o dia todo por uma mensagem, ligação, talvez. Nada.
Pensei em esperar ele me contactar até oito horas da noite, mas nem sinal. Proibi à mim mesmo de fazer contato, para que não precesse tão interessado, e espantá-lo, logo de cara.

Agora tenho essa dúvida. Não sei o que fazer. Se faço contato, se espero ele fazer, se peço para sair com ele, o que digo nas mensagens... E o pior, não tenho com que conversar sobre o assunto. Quem pode me ajudar, de certa forma, é o menino que estuda comigo e manja de como pegar meninas, mas meninas não são meninos. Eu não sei o que fazer, como proceder diante dessa posição. E, é claro que fico animado com a ideia de conhecer alguém novo, ainda mais quando existe um interesse recíproco, mas fico na dúvida, entre me entregar à uma nova paixão e correr o risco de sofrer tudo o que já sofri antes, ou ser imparcial e fingir que nada acontece.
Estou confuso, com medo, apreensivo e não tenho ninguém para me ajudar.

UTILITARISMO

Vamos às novidades. Fui à tal entrevista na empresa que o menino com quem fiquei trabalha. Fiquei muito bravo, porque cheguei lá, tive que ficar esperando séculos para ser atendido por alguém, já que quem marcou a entrevista comigo não estava lá. E, quando finalmente fui chamado, era para ser freelancer. Em eventos.
Estavam me entrevistando para ser algo que eu já sou, e eu nem teria contrato ou carteira assinada... Nossa, eu fiquei realmente muito bravo. Principalmente com ele. Quando conversamos, eu DISSE que queria um emprego fixo e que queria na minha área. Daí vem com essa palhaçada. Não falei com ele pelo resto do dia e não nos vimos mais. Se a chance dele era bem próxima à zero, chegou nos números negativos com mais essa.
Enfim, mesmo que eu fique me questionando, porque eu escrevi aqui que não estava com ele por utilitarismo, por que é que a chance dele ficou mais do que nula quando não consegui o emprego?
Eu ainda não consegui responder à essa pergunta, mesmo fazendo-a e refazendo-a milhões de vezes. Mas, já que não rolaria mesmo, eu uso isso como pretexto para nunca mais encontra-lo.
 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

SENTIDO



Esses últimos tempos têm sido difíceis. Não por estar passando necessidade, nem nada do tipo. A grande questão é que preciso dar um sentido para minha vida. Paro para admirá-la, como de costume, mas tudo o que vejo é uma miscelânea de direções e uma confusão tão grande que mais parece um daqueles nós que não conseguimos desatar sem pensar cinco vezes antes de começar a tentar. A descrição é tão confusa quanto, como puderam perceber... rs
Não sei por onde começar. Estou cursando publicidade porque ganhei uma bolsa integral, e não podia - nem posso - desperdiçar essa chance; tolo seria eu se o fizesse.
Como já brinquei aqui antes, costumo dizer que a publicidade me escolheu. Pois bem, eu me permiti ser escolhido por ela, o que não significa que a escolhi. No entanto, tento me esforçar ao máximo para aceitar esse destino temporário, digamos assim.
Eu quero, e eu vou, cursar Teatro Musical assim que possível. Porém, preciso me sustentar antes, e essa é a função da publicidade. E é claro que tenho em mente a possibilidade de minha carreira como ator não se consolidar, o que me tornaria um publicitário para o resto da vida. Por esses motivos, que já são confusos por si só, aceito meu destino, tentando mudá-lo à todo momento, ao mesmo tempo que lido com expectativas e decepção.
Expectativas porque sinto a necessidade de fazer tudo rápido e ver tudo concretizado e dando certo. Quem tem um sonho, seja ele qual for, sabe que nunca nos passa pela cabeça a possibilidade de que ele não seja de fato realizado, mesmo que tentemos nos dizer o que pode dar de errado.
Decepção porque entrei para publicidade para me garantir e vejo muitos outros amigos, de verdade ou apenas pelo facebook, que estão cursando artes cênicas, ou estão viajando pelo exterior, realizando seus sonhos. Enquanto que eu terei que esperar, pelo menos, até 2017 para começar a pensar em algo.
Isso é, de um jeito horrível, deprimente. E explica o fato de minha músicas favoritas e mais tocadas serem tristes/depressivas/etc.

Com tudo isso, não quero dizer que me arrependo de ter seguido o caminho que estou trilhando, mas, sim, de não ter corrido atrás de outras oportunidades quando pude fazê-lo. De repente, poderia estar cursando Teatro Musical e vendo meu sonho se tornando realidade. Eu queria muito que isso estivesse acontecendo agora.
Infelizmente não está. E meu sonho, de virar um grande ator e atuar na Broadway, parece distante de mais para que eu corra atrás. Mas eu não pretendo desistir tão fácil. Não vou deixar nada me abalar - pelo menos vou tentar fazer com que nada me abale - e seguir em frente, trilhando, cada vez mais, um caminho de sucesso.

Ah, como eu queria acreditar em minhas próprias palavras...

domingo, 30 de março de 2014

ATUALIZAÇÃO_2

Voltando às atualizações, continuo desempregado - infelizmente - na mesma casa - infelizmente - e com a mesma família - infelizmente.
Não aguento mais esse povo, sério! Minha avó cada dia mais chata, meu avô nem se fala. Meu pai não pode perceber que estamos bem que resolve me magoar de algum jeito. Minha madrinha só fala no ficante dela que tem namorada (a qual mora com ele e conhece minha madrinha). Minha irmã é um purgante. Não sei se é idade ou a influência do meu pai mas, caralho, que menina chata!
Eu não posso mudar de casa porque não tenho emprego nem renda. E morro de medo de me mudar e não dar certo, daí vou ter que voltar e essa ideia não me agrada nem um pouco. Algo pior do que sair de casa e dar errado e ter que voltar e sentir essa sensação. É difícil a convivência cada dia mais, ninguém me compreende, não posso falar para NINGUÉM da minha orientação sexual, e pra quem eu conto me ignora para sempre. Daí não tenho apoio nenhum.
Ainda não decidi se é uma das piores épocas da minha vida. Com certeza não é A pior, mas entra para o #top10 ...
Quero morrer.

ATUALIZAÇÃO_1

Mais uma vez, após um longo tempo sem escrever, volto para contar as novidades.
Pois bem, vamos por partes.
Em relação à minha vida amorosa; encontrei de novo o menino com o qual tinha ficado em dezembro (ou novembro, não lembro) do ano passado. Eu sei o que disse, o que escrevi e o que penso em relação à isso, mas não pude evitar. Estava um clima bunda em casa e ele me chamou para ir ao cinema - sempre o cinema... -, quando excitei, em questão de segundos, ele me disse que iríamos como amigos. Mesmo eu tendo a certeza que era mentira, eu fui.
Chegamos, nos cumprimentamos, e acabou por acontecer o que é óbvio.
O interessante é que nos comportamos por um tempo. Ele não havia tocado em mim em momento algum, e eu estava com aquela vontade de beija-lo, sem poder. É extremamente desconfortável - quem já passou por isso, sabe.
Nos beijamos durante o filme, com alguns altos de comédia, tipo barulhinho do beijo, e gargalhadas eternas.
Ele me levou para casa depois e não rolou nada de obsceno dessa vez, porque eu não quis. Durante todo o caminho eu disse que não devia ter ido e que não podia dar esperanças para ele. Ele disse que sabia e tentou fingir que não me mandou no whatsapp que estava apaixonado. Mas sabemos que ele mandou.
Enfim, tivemos até momentinhos de romance, com ele me segurando em seus braços... ETC!
Ele me arrumou uma entrevista na empresa em que trabalha, e estou com a consciência pesada, porque não quero que ele ou qualquer um pense que fiquei com ele só por efeito de conseguir um emprego.
Só porque NÃO ESTOU com ele, e não fiquei com ele por causa de um emprego. E tenho dito.
Enfim, por relações amorosas entendemos confusões e palhaçadas.
Tirem suas próprias conclusões.

quinta-feira, 13 de março de 2014

CAMINHOS DO CORAÇÃO




Os amores recíprocos são bonitos. Mas lindos mesmo, só os platônicos. Ah, esses são perfeitos! Somente construídos com quem nosso coração escolhe, de verdade. E são exatamente da maneira que o amante desejar, com as qualidades e defeitos que escolher.
Os amores platônicos são o que devemos chamar de amor perfeito. Pois ele é o mais puro dos sentimentos de quem ama. O amor próprio cresce. E o amor pelo outro também. A compreensão e leveza no dia a dia...
Mas os finais, esses são trágicos! Simplesmente porque eles não existem. Conseguimos encuba-los dentro do coração, mas eles ficam lá para sempre. A primeira internação na UTIDA (unidade intensiva de tratamento para desilusões amorosas) é comumente a mais difícil de ser realizada. E quando vemos nossos amados, recuperamos dentro de instantes esse sentimento. Contudo, uma vez guardado, o sentimento grava o caminho e sabe para onde voltar quando o calo aperta.

segunda-feira, 10 de março de 2014

IMPERFEITO NAS MINHAS PERFEIÇÕES

Voltei. Sim, depois de todo esse tempo - que nem fiz questão de olhar para falar com exatidão.
Já disse que não quero que as coisas aqui fiquem artificiais, então não pretendo assumir um compromisso de escrever todo dia. Claro que este é somente o primeiro argumento. O segundo é interligado, não fiz o blog para entreter ninguém, apenas para desabafar, então... É auto explicativo.


Os últimos acontecimentos são tão ou mais tediosos ainda que os antigos. Não houve novidade. Continuo sofrendo com a solidão que em mim aflora. Comecei o livro sobre minhas memórias. É um projeto interessante. Logicamente sei que não tenho tanta experiência quanto outros por aí, mas já que não serei nada além de um pedaço de carniça em decomposição dentro de alguns anos, quero deixar meu nome aqui. Quero que fique registrado, tudo. Pode ser que não ajude em nada, mas pode ser que seja um grande avanço e pode ser de exemplo para muitos que precisem de um.
Minha família ainda não sabe sobre minha sexualidade e cada vez mais tenho a certeza de que vou acabar nunca contando. E que eles não entenderiam.


Amigos... Bom, meus amigos estão como sempre; me decepcionando quando chego perto. Aquela velha relação do "quando estamos longe, sinto saudades; quando estamos perto, quero distância".
Da ultima vez que me encontrei com uma delas, o dia foi um fiasco completo. Não queria que meu subconsciente apontasse o namorado dela como culpado, porque conscientemente não acho que seja; mas não controlo meu subconsciente.
Semana retrasada fui para a casa dos meus outros amigos e ficamos bêbados - talvez mais do que nunca antes. Fizemos loucuras e lembro pouquíssimo para ser mais exato. Me contaram que lambi os peitos de uma delas. Não lembro dessa parte, então prefiro não acreditar.
Voltei para lá neste final de semana, tanto sábado quanto domingo. Sábado foi um dia incrível; daqueles que queremos viver várias vezes. Não sei, foi divertido, apesar de não termos feito nada de mais; foi um dia em que não me senti sozinho, o que me conforta muito. Voltei hoje com altas expectativas e, adivinhem só, me fodi.
Como sempre, quanto mais boas expectativas eu tenho à respeito de algo, o universo faz questão de me mostrar que não sou merecedor de nada. Apesar de estar com mais gente ainda do que ontem ao meu redor, me senti muito sozinho.


Do começo, quando descobri ao certo o que eu sentia, o que eu sou, fiquei com medo de contar aos meus amigos. Alguns, claro. Por dois simples motivos - mesmo crendo já ter citado isto aqui, vou colocar de novo para situar-me -;
Primeiro: Não queria dar motivos para que não falassem comigo mais. Jamais teria admitido minha sexualidade caso soubesse do trisco de possibilidade deles não me aceitaram. Por mais ridículo que isso possa parecer e seja, não suportaria viver sem meus amigos.
Segundo: Todos são do tipo de pessoa que caçoa de tudo à toda hora. Ainda não descobri em mais de oito anos de amizade se são capazes de levar algum assunto à sério. Infelizmente. De qualquer forma, caso me aceitassem do jeito que realmente sou, o que aconteceu, fariam todo tipo de piada sem graça possível de se formar ou já existente na face da Terra.
Para minha felicidade parcial, o primeiro motivo não foi realizado. Para minha infelicidade parcial, o segundo se tornou verídico.
Quando estamos todos juntos, falamos muitas besteiras e tudo mais, adoro isso neles, a gente meio que volta a ser criança. Porém, o pior de ser criança, é não ter o discernimento para a vida. Não saber levar nada à sério. E eu gosto de ter crescido - por milhões de razões - principalmente por saber pensar. Por conseguir pensar.
Hoje fizemos o de sempre, mas essa tiração de sarro me irritou. Eles conseguiram me atingir em um ponto que me desestabilizou. Um ponto que eu não tenho controle. Quando nos falam de algo que podemos modificar ou que sabemos ser apenas brincadeira, é uma coisa. Agora, quando nos falam de algo que não temos certeza, ou quando nos tocam em algum lugar, o qual não podemos mudar, ficamos reflexivos, tristes...


Mesmo tendo a consciência de que sou alguém complexado por tudo que me aconteceu, concordo com meus próprios argumentos inteligentes. Antigamente me falavam do meu corpo e da minha sexualidade. Eu me transformei em outra pessoa fisicamente. Minha sexualidade infelizmente não tenho como mudar. Minha virilidade também não. Mas trabalho em cima dela. Creio ser por isso que me acho mais bonito sério ou com barba. Porque me deixa com mais cara de homem e não permite as piadinhas que SEMPRE tive que ouvir. E hoje me fizeram lembrar dessas mesmas piadinhas.


Por mais maçante que seja dizer de novo a mesma coisa, eu sofri o tal do bullying quando era criança. O que me traumatizou e provocou em mim o sentimento de imperfeição. O sentimento de anormalidade. Agora, peço que, seja lá quem for que esteja lendo isso e compreendendo, imagine-se imaginando-se imperfeito, feio, anormal, como se nunca fosse ser alguém, como se nunca fosse estar com alguém por isso. O que faria? Tentaria mudar, correto? É o que eu tento fazer. Me empenho muito nisso. Não teria gastado o tanto de dinheiro que gastei para emagrecer se não me empenhasse.
Não culpo meus amigos pela minha tristeza - claro que tive que refletir muito sobre o assunto para saber que não são totalmente culpados; de cara fazemos o óbvio! - mas culpo minhas imperfeições.
Se eu talvez não fosse tão imperfeito, talvez não sofresse com o insulto dos outros. Talvez se eu não tivesse me deixado atingir por ofensas na infância, não fosse complexado hoje em dia. Eu nunca saberei o que aconteceria se eu, por um acaso do destino, fosse alguém. Isso me fere. Mas tenho que continuar vivendo. Para não ser egoísta e vendo todos ao meu redor serem.


Termino citando o conhecimento popular, que diz "a ignorância é a chave da felicidade".
Quem me dera a ignorância para me salvar desse posso de tristeza, no qual não caímos, mas subimos de escada conforme nos aprimoramos. Somos um tipo de masoquistas que gosta de ferir seus próprios sentimentos. E não é algo que possamos mudar.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

VIDA

Esse é meu ultimo post de hoje. Não sei o que quero dizer e nem como tenho que dizer isso.
O que passa pela minha cabeça agora é aquela mesma situação que me trouxe aqui; foi por isso que fiz um blog, que voltei a usar o twitter, que tento fazer amigos novos todos os dias...
Eu nunca sou ouvido. Isso me desespera. Não tenho em quem confiar de fato, quero dizer, tenho meus amigos, com os quais estou sendo mais liberal do que jamais fui. E tenho medo do que essa ação exagerada possa me causar.
Eu gosto de conservar o que tenho, o que conquistei na minha vida. Meus amigos são parte disso. Não conseguiria viver sem ter um refúgio, que são eles. Eu morro de medo de não conseguir me reconstruir se, por um acaso, eu perder o que tenho. É por isso que não contei para minha família ainda que sou gay, que demorei para contar aos meus amigos, enfim.
Eu não posso me fazer audível sem que alguém se ofenda. O que explica perfeitamente o pseudônimo, minha simulação no dia-a-dia de como sou uma pessoa feliz, alegre, satisfeita, que vê o lado bom das coisas, que ama pessoas, que é agradável... Não, eu não sou assim. Normalmente eu apenas dou risada porque esqueço que eu sou eu e que não tenho minhas próprias preocupações.
Com o tempo a gente aprende que nem tudo vem para bem e que nem tudo que não nos mata nos deixa mais forte. Não, definitivamente não. Podem pensar os outros que minha auto estima é alta, que eu me amo e que sou alguém preparado, etc, mas não.
Quando me pego pensando que antigamente eu saberia todas as respostas para todos os problemas da minha vida, imediatamente me corto, assim que recupero a consciência. Eu tinha todas as respostas, sim, mas só porque eu era uma criança e não sabia das complicações da vida - embora eu realmente acredite que a vida não é complicada, nós quem complicamos -, achava que tudo o que acontecia era um filminho da Disney, em que tudo acabaria bem no final.
Eis a minha dúvida: Vai acabar tudo bem? Haverá um final digno? Haverá um final?
Eu não me acho digno de nada. Tanta coisa eu já fiz sabendo as consequências do que estava fazendo, mesmo só por vingança. Claro que já sofri muito, mas isso, não creio eu, que mude minha situação. Não falo aqui de deus e julgamento final, com certeza não. Quero saber, mais uma vez se haverá alguém na face da Terra que seja capaz de gostar de mim. De me amar. Do meu jeito.
Será esse o medo de todos? Não consigo ver as minhas dúvidas como as do resto da humanidade. Tenho para mim que todos são muito mais esclarecidos que eu. Depois que descubro certas coisas em comum com um grupo de pessoas, acabo me sentindo mais incluído em alguma coisa, seja lá o que isso queira dizer.
A única pessoa com quem eu achei que tivesse algo, que tivesse, sim, um amor recíproco, me deixou falando sozinho. Apareceu outro, que me amava, ele me disse isso. Eu não dei uma única oportunidade.
Momento clichê: Eu não sei o que tem de errado comigo. Todos vivem e são felizes e eu aqui, sentado, chorando, vendo tudo passar.
Não desejo o que sinto agora para ninguém, principalmente por não saber exatamente o que estou sentindo. Não é carência, não é amor, não é saudade, não é arrependimento, não é tristeza... Pode ser uma mistura de tudo, mas como se chamaria isso? Adolescência?! Acho que não, estou um pouco velho para isso.
Ao mesmo tempo que me preocupo como resolver minha vida, tenho que me preocupar com não ferrar mais ainda com ela, e isso eu sei que seria fácil, apenas deixar que me vissem nesse estado. Mas estou em um limite, e não posso me dar ao luxo de não ser escutado mais uma vez.
Gostaria de falar aqui, agora, que sinto muitas coisas por muitas pessoas. Tenho a absoluta certeza de que o amor que sentimos um dia, nunca vai embora, fica apenas guardado dentro de nós; escondido, pronto para atacar quando virmos o alvo de tal. Eu sei disso porque quem eu amei na minha vida, de verdade, consegue despertar esse sentimento toda vez que olha para mim. É difícil lidar com isso, mas se já consegui fazer com que ele se escondesse um dia, ele pode voltar e ficar em silêncio até o resto da minha vida.
Resto. Isso soa forte. Ao mesmo tempo que, de vez em nunca, me vejo refletindo sobre como não queria morrer e, sim, ficar aqui aproveitando tudo o que tenho direito, em momentos como este, apenas desejaria partir.
Já disse aqui antes que talvez o maior dos meus desejos seja morrer e ver a reação de todos com a notícia da minha morte. Procede. É um dos meus maiores desejos mesmo. Acreditam que sou tão inseguro à esse ponto? Isso é algo com o qual tenho que conviver desde sempre. Não posso - ou talvez possa - culpar quem me fez alvo de bullying, quem me ignorou. Apenas fiquei assim.
Acho que preciso fazer terapia por toda a eternidade e, mesmo assim, não vou conseguir ficar livre de todo o fardo que eu (acho que) carrego.

AWKWARD



Tenho assistido Awkward, a série.
Não sei, mas de cara me identifiquei com Jenna Hamilton. Creio que qualquer perdedor que se preze tenha se identificado. É difícil dizer, porque ela era uma de nós. A história começa com ela perdendo a virgindade e se apaixonando pelo carinha mais gostoso e popular do colégio. É clichê, sim, mas é sempre do mesmo jeito na vida. Nós, perdedores, não temos chance de nada, então o que nos resta é sonhar com algo maravilhoso que magicamente nos tornaria assunto. Isso acontece comigo quando eu gosto do cara do twitter que tem XXXXXX seguidores. Inconscientemente, talvez, seja uma tentativa frustrada de pedir atenção, a qual eu definitivamente não terei.
E agora as coisas tem ficado estranhas, já que ao mesmo tempo me sinto bem por ter experimentado o que experimentei, e mal por não querer fazer aquilo conscientemente; é como se eu me sentisse sujo por dentro. Brinquei esse dias me chamando de garoto de programa e, sei lá, na hora dei risada. Mas não acho tão engraçado assim.
Tudo colabora com a minha péssima orientação intelectual. Quando assisto séries, tipo maratona, tudo de uma vez só, me sinto como a personagem principal, com o problemas que estão acontecendo na vida dela, Jenna Hamilton, no caso. Claro, depois que termino olho para mim mesmo e faço uma relação de quais são meus verdadeiros problemas, o que ajuda na maioria das vezes. Não nessa.
Estou com medo de chegar ao final da faculdade e não levar quem eu convivo para o resto da minha vida. Eu gosto de pensar que sempre posso estar fazendo amigos para a eternidade, como os que já tenho, mas pelo jeito, não.
Eu sei que sou chato, exigente e grosso na maioria das vezes, mas sou eu. Quero que tudo saia perfeitamente como o planejado. Ainda por cima sinto falta dos dois que não falam mais comigo.
Eu não sei mais quem parou de falar com quem, só sei que sinto a falta deles; eu me identificava com eles. Eu creio que eles são os tipos de amigos que eu levaria para o resto da vida.
Mas agora é tarde de mais, não é?! Não posso voltar no tempo nem nada do tipo. Só terei que esperar agora para ver o que o destino me reserva.

Nem sei se o que vou colocar aqui agora fará sentido, diferente do resto do texto, estou escrevendo isso agora. Eu acabei de ver um ato de bondade ficcional, na série, mas é algo inspirador, infelizmente não pelos bons motivos. Imagine você sem nenhum amigo em uma escola nova porque todos acreditam em uma fofoca péssima a seu respeito. E você faz um amigo, e abre mão de tudo e qualquer coisa por ele, porque sabe que ele é algo que pode te ajudar a mudar a sua vida. Não sei bem (como sempre) o que quero dizer, mas preciso colocar aqui as coisas que rodam e rodam e rodam de novo pela minha cabeça - que está doendo muito agora.

DESASTRE NATURAL


Considero minha irmã um desastre natural. Como aquelas tsunamis enormes ou furacões e tornados que destroem países inteiros. Essa pode ser uma expressão usada por muitas pessoas para se auto-descrever como uma pessoa muito impactante, mas creio que sempre no bom sentido. Nesse caso, não sei nem se existe algo bom.
Desde crianças, sempre briguei muito com minha irmã do meio, a que cresceu junto comigo. Nossa diferença de idade é de 4 anos, depois dela tenho mais uma irmã, com diferença de 13 anos e outra meia irmã, com diferença de 16 anos - não, não sei se meu pai gosta muito de televisão...
O caso é, apesar das brigas sempre serem feias, etc, somos irmãos e isso é muito normal. Ultimamente ela tem agido de um modo muito estranho. Sempre gostou de jogar pessoas contra as outras - família paterna contra a materna e vice-versa - e não parou com a idade. É preocupante, porque no futuro, eu só consigo vê-la acabando com a felicidade das pessoas que entrarem na vida dela e, honestamente, eu não quero ser uma dessas.
Agora, com 14 anos ela fica com esse história de tentar se matar e brigar com todo mundo e amar namorados... Sabe, já tive a idade dela, como todo mundo um dia, já tive - e tenho - hormônios exaltados, mas loucura é um pouco de mais... Não acredito que ela tenha crescido em um ambiente propício a isso. Quer dizer, não tenho nenhum embasamento para me posicionar, não sei se é algo que já nasce com a pessoa, como no caso do homossexualismo, mas ela está, de fato, ficando louca e deixando todos ao redor dela, loucos também!
É uma situação desesperadora e sei lá, só não quero que ela seja o tipo de pessoa que se interna em um manicômio e depois que sai vira o tipo desprezível de que se fala mal pelas costas para todo mundo. Isso é o que ela tem sido até hoje - sem a parte da internação.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

BULIMIA


Tenho mais uma história para contar sobre o dia de hoje. Não é bonita.
Assisti hoje à primeira temporada de Awkward. Vendo todo aquele romance, e tudo mais, um pensamento leva à outro e coisas giram na minha cabeça... Acabou que comecei a cismar novamente com a coisa da gordura; que estou gordo, etc.


Eu realmente acho que estou e, não quero dizer que fiz o que fiz inconscientemente; muito pelo contrário, fiz consciente.
Fiz sabendo das consequências e medindo tudo; olhando para os dois lados da moeda.
Não foi a primeira vez. Quando ainda tomava os remédios para emagrecer, já coloquei o dedo na garganta.














Não é algo agradável, de forma alguma. Me traz um certo alívio quando termino por saber que aquilo que eu havia comido não fará mais volume em mim, não me deixará mais gordo do que já estou.

 

Tentei uma, duas, três vezes, mas fazia tanto tempo que demorou. Na quarta tentativa comecei a tossir, daí em diante fui fazendo várias vezes. Até uma hora em que vi que não estava saindo mais nada e que era melhor parar, pois já estava em um estado lastimável. Escorrendo lágrimas para todo o lado, nariz obstruído, olhos vermelhos, dor na garganta, tremedeira...
Lembro de não querer fazer - antes de começar. Mas, de certa forma, eu me obrigava à tal ato.
Não digo que estou melhor comigo agora, porém estou mais aliviado.
 

BULLYING


Hoje o dia foi basicamente comum. Segundo dia de aulas e encontrei um professor machista, hipócrita e falso moralista.
Sim, ele conseguiu me irritar profundamente. Primeiro, começou a falar sozinho como se alguém tivesse perguntado algo à ele - o que não aconteceu, nem depois do discurso todo. Falou até de mais, sobre assuntos polêmicos, populares, e sobre os quais ele não tinha o menor conhecimento.
Para ser bem sincero, até que estava gostando dele, mas quando ele começou a falar sobre bullying, me perdeu completamente.
Fez aquele discurso ridículo com o qual estamos acostumados, dizendo que o bullying é uma criação da mídia; que ele, quando jovem, tinha cabelos compridos pois gostava do estilo, e que, por isso, sofreu bullying e sabe como é, porém que é tudo, em grande parte, uma invenção da mídia.
Desculpem-me, eu terei que fazer esse discurso aqui, já que creio que ninguém aguentaria me ouvir ou discutir sobre o assunto comigo nesse estado.
Eu sofri bullying, assim como várias outras pessoas na face da Terra e, tendo isso em conta, posso afirmar com certeza mais que absoluta que não, o bullying não é algo criado pela mídia. Eu sofri, sim, por ser gordo, por ser gay e isso estar estampado na minha cara, escrito com letras garrafais. Eu tenho uma cicatriz dentro de mim que talvez nunca desaparecerá porque todas as crianças da minha sala tiravam sarro da minha cara todos os dias letivos do ano. Eu convivia com elas, querendo ser legal, participar, me enturmar.
Tem um cena dessa época que eu lembro bem. Estava no intervalo e eu estava na sala. Uma das minha colegas, chamada Gabrielly, colocou o CD de uma banda para tocar no rádio, no volume máximo. Quando tocou o CD, eu dancei sentado, meio que balancei com o ritmo. Ela com a amiga dela, Heloísa, me disseram que eu não poderia curtir as músicas porque o CD não era meu.
Eu sei que é uma coisa estúpida, mas para uma criança de 10 anos de idade não é. Isso martela em minha cabeça e eu não consigo falar com pessoas que não conheço, porque sofri essa e outras diversas agressões no meu dia-a-dia. Crianças são cruéis, e eu sofri com toda essa crueldade, sem poder me defender. Eu não sabia me defender.
Hoje a situação é diferente. Eu criei uma casca da qual raramente saio, e esse é a minha arma de defesa. Sou estúpido, pois é como isso tudo me fez ser. Talvez eu tenha virado alguém fútil e interesseiro, pois assim é que são as pessoas legais, que sempre me humilharam.
E, quer saber, eu não vou mesmo deixar que alguém fale que tudo o que eu sofri é invenção; simplesmente porque não é! É um absurdo que alguém pense assim! Vai dizer que está escrito na bíblia também, assim como o ódio aos gays?!
Escrevendo isso e, levando ou não em conta o meu estado, meus olhos enchem de lágrimas. Lágrimas pelo que passou e ficará para sempre. Lágrimas pelo o que nunca terminou, apenas silenciou.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

FACULDADE



Não lembro se cheguei a mencionar, mas sim, as aulas da faculdade voltaram hoje. Não foram muitas pessoas - como já era esperado - mas foi um bom dia.
Tive aula de direção de arte publicitária e adorei, o professor já havia nos dado aulas de outras matérias nos semestres passados e nos damos bem, então creio que será uma matéria bem aplicada.
Os meu dois ex-amigos foram. Morri de vontade de falar com eles, porém não posso simplesmente ignorar o que aconteceu praticamente ano passado inteiro e chegar como outra pessoa. Olhei para eles e me veio um sensação estranha; um certo desconforto. Não que eles me provoquem desconforto, nada disso, é só que eu querer falar com eles e não poder me causa essa sensação, porque nunca tive isso de querer falar com alguém e não poder.
Não cheguei a contar aqui, mas a pouco tempo aquele cara que eu disse achar ser modelo e tals, que era da minha sala, me adicionou no facebook. Não trocamos ideias, nem nada do tipo, mas ele me adicionou. A questão é que disse que provavelmente não irá mais às aulas, pois fará outra coisa - sei lá, também não se explicou muito bem. Uma pena.
Mas enfim, de resto foi tudo muito bom, reencontrei apenas uma amiga que foi hoje, os outros não foram; e alguns colegas de classe também.
Espero que esse ano seja mais legal nossa convivência como sala e, enfim, aquela babozeira de ensino médio que conhecemos...

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

TWITTER



Ultimamente tenho tentado a ferramenta do Twitter para falar coisas escondido da minha family.
Sim, tenho usado meu nome mesmo, mas o bloqueio é uma ferramenta incrível nesses casos. Tenho desabafado bastante, falado tudo o que penso, tenho sido eu mesmo com meu próprio nome, e isso é ótimo.
Acontece que, o que essas redes sociais tem de bom, elas também têm de ruim. Do mesmo jeito que aqui, no blog, no facebook e em outras redes que eu possa fazer conta um dia, não somos ouvidos de verdade. Eu, particularmente, tenho a sensação de que falo, falo e falo mais uma vez, mas não tem o mesmo efeito do que uma conversa, afinal ninguém lê e, se alguém o fizer, não fará sentido...
Assim como o ultimo post que fiz, nada tem muito sentido na minha cabeça agora. Tudo está muito confuso e mal organizado. Parece que tudo o que eu havia posto em prateleiras, catalogado e fechado para sempre num arquivo morto, caiu e fez a maior bagunça já registrada nesta vida.
Alguns podem chamar este estado de tédio, ou ócio, ou até mesmo inquietude, mas o fato é que tem "papel" voando para todos os lados.
Digo que é realmente difícil encontrar todos os documentos que estavam numa pasta e colocá-los lá novamente, e, fato, eles nunca ficarão como estiveram um dia. E mais uma coisa, isso é cansativo.
Toda essa organização e perda de raciocínio, dificuldade de concentração, cansa- me por inteiro. Meu corpo dói, minha cabeça dói... É horrível.
Vou agora tomar um remédio para dormir e sonhar com qualquer coisa. Quem sabe um dia, para minha infelicidade, eu acorde.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

PERFEIÇÃO X FELICIDADE

Escrevi esse post ontem à noite. Estava deprimido e magoado e carente. Pode ser que não faça sentido algum, mas como algo profundo que veio de mim, sempre preciso postar.





 

E quando estamos tão ridiculamente desesperados por acreditar em algo que nos prenda no mundo maravilhoso do imaginário sem fim, a ponto de nos apaixonarmos por uma figura virtual, viramos mais vítimas da carência que afeta à tudo e todos, todos os dias de nossa vida.
Por mais lindo e inspirador que possa parecer, ninguém é feliz sozinho. Estamos sempre em busca de outra pessoa, para vivenciar momentos. Podem ser momentos grandes, pequenos, mínimos, mas estamos sempre à procura.
Isso explica exatamente a ultrajante fama de promiscuidade dos gays. Somos promíscuos, porque, afinal, não nos dão outra oportunidade de conseguirmos um par; do qual supostamente necessitamos para sermos felizes com nossos momentos. Com o crescimento da real civilidade na sociedade global, tende a diminuir a nossa promiscuidade, o que é muito, muito bom mesmo.
Outra coisa que me chama atenção é o termo "sermos felizes"; ou até mesmo a frase "que a felicidade vire rotina", usada por muitos interneteiros de todas as idades.
Não existe o ser feliz. Existe apenas o estar feliz. Uma vez que vivemos em realidades diferentes, todos nós, cada um tem suas dores e suas alegrias.
Encaremos o fato de que nunca será perfeito, sempre haverá algo que te puxa do êxtase da felicidade para a verdade da vida. Então não existe a possibilidade, mesmo que remota, de sermos felizes sempre e todo o tempo. Não existe ser feliz. Um hora, você enjoa, ou quer alguma coisa que, porventura, não pode ter. E pronto. Lá se vai a felicidade.
Se tem um ditado que diz com perfeição o que vivemos e sentimos, é "a grama do vizinho é sempre mais verde." Ninguém pode negar, sempre achamos que a vida do coleguinha é mais fácil.
Enfim, não tem uma conclusão e nem sei o que quero dizer com tudo isso. É só que me cansa às vezes. Eu precisar estar feliz e não poder, mas ter essa obrigação. É um fardo muito grande para carregar. A perfeição X a felicidade.