Na vontade de descobrir o outro
Me perco
E descubro incertas
Minhas certezas
E quando me busco
Não vejo
Até me afogo
Num mar de deduções
Talvez
E provavelmente talvez
Precise que me falem
O que sou
E quem me fazem
Não é bem
nem bom
É só o medo
que pode ser um
ou outro
Mas que decidiu-se
pela indecisão
Não tem alívio
Não tem pressão
Nem a vontade
é mais noção
Do que a dúvida
da necessidade
Sobre a razão
Enquanto você discursa o não
Teu peito explode com um simples talvez
E pode ser que não saibas, mas
O surgimento da tal luz que nos é prometida
Acaba por não apenas iluminar o fim
Mas o túnel por completo
E a escuridão teme mais que tudo essa claridade
Então por mais errado que nos pareça
Agarre quem te quer, se o quiser de igual forma
A beleza de deixar aproximar
o inaproximável
E sorrir no que dói
É a mesma de sonhar
com o impossível
E sentir alívio
Quando penso no teu rosto
Sinto o teu toque
E quando vejo teus olhos
Sinto teu cheiro
Mas quando engulo-te
Sinto apenas o teu gosto
Enquanto me inclino
Para pensar você
Minha vida se inclina
Para por cima da sua
E para baixo de novo
Envolvendo-te num laço
Que reluta sem forças
E nos junta
Como num só
Não sei ao certo, acho que gosto da ideia de (tentar) desenhar olhos porque acredito no lance de porta da alma, etc...
Esse foi mais pensado em como um conselho para qualquer que se atreva e iniciar um relacionamento comigo.