domingo, 3 de agosto de 2014

50 TONS DE CARÊNCIA

O mais triste é que se eu desaparecesse agora ninguém - além de família, é claro- sentiria a minha falta.
Eu chego a implorar por um sonho onde eu tenha alguém especial; um amor recíproco que me entenda e que me faça sentir tao especial quanto ele pensa que sou e tao especial quanto ele será para mim. Se é confuso de escrever, imagina sentir.
Fico meio chateado com isso tudo porque, na minha idade, as pessoas já tiveram milhões de relacionamentos e seus pedidos mais distantes de se realizarem são viagens ou coisas de marcas caras. Enquanto eu só queria estar com alguém.
Eu fico me policiando para sempre usar o termo "estar com alguém" ao invés do habitual "ter alguém", mas, pensando bem, eu queria ter alguém, mesmo. Ter alguém não no sentido de posse contra sua vontade; ter alguém que estaria tão encantada por nosso amor que se entregaria de corpo e alma por isso, bem como eu faria.
Parece que isso só se passa em sonho. Ainda ontem comentei com minha amiga que não vejo possibilidades de começar um relacionamento, simplesmente porque não sei onde conheceria o tal. Em nenhum dos ambientes que frequentou, existe a mínima possibilidade de conhecer alguém por quem eu possa me interessar.
Mas eu adimito que queria muito, mesmo, que esse sonho virasse realidade e eu tivesse novamente vontade de acordar no dia seguinte. Drama barato, eu sei, mas é que não da mais. Eu falei que me aposentaria disso por um tempo, mas a ideia fica rondando minha cabeça. É difícil não pensar nisso porque sempre ten um casal por perto, ou historias felizes, ou momento de carência e, poxa, isso é um saco.

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