domingo, 25 de maio de 2014

O PAPEL

Outro dia desses, te vi. Gostei disso.
Porém, como de costume, não fiz nada além de olhar.
No dia seguinte, não estava mais lá.
Uma semana depois, você veio de novo.
Eu decidi me livrar de minha zona de conforto
e te pisquei meu olho esquerdo;
do jeito mais desajeitado e menos atraente possível
pois não sou o que se chama de experiente.
Você sorriu, não sei se achando engraçado
ou se foi a retribuição do que não esperava.
Quando saía, e sabia que não mais te veria
me aproximei e meu nome escapou pela minha boca.
Não consegui assimilar a sua resposta, apenas olhar;
olhar para o papel que você me deu
o qual eu guardo até hoje
com seu nome e número.
Naquele dia nos falamos um pouco.
Depois dele, nunca mais.
Só mantenho o papel, da forma mais maníaca
e possessiva que pode-se imaginar.

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