sábado, 2 de novembro de 2013

COBRANÇA

Sabe, é engraçado como as pessoas gostam de cobrar e esperam que venha muito em troca de nada. Como se fosse assim mesmo.
Minha mãe, ontem, me perguntou por que eu não a chamava mais de "mamãe". Sempre a chamei assim, desde que me entendo por gente - nada mais normal, afinal!
Já tentei trocar para apenas "mãe", mas tudo o que consegui foi me sentir envergonhado de mim mesmo. Gosto de chamá-la de "mamãe" e assumo.
Mas, não sei, é neura dela, com certeza. Sempre a chamei assim e permanecerei, mas é que seria totalmente compreensível, ao menos do meu ponto de vista, eu parar de tratá-la de tal maneira.
Sempre que preciso contar com ela, acabo me virando sozinho. Sempre que peço algo, quase sempre não sou atendido. Isso vai dilacerando aos poucos o que sentimos. Logicamente ela é minha mãe e nunca deixará de ser. Mesmo porque já tenho confusões de mais em minha família e não sou nem de perto próximo o suficiente do meu pai para abandoná-la. Sempre penso que seria muito bom ter o colo dela, como nos tempos de criança. Era tranquilizador, ter um porto seguro.
É claro que ela deixa a desejar no quesito "super mãe", mas eu não poderia deixá-la, por nada. Convenhamos que meu pai não é nenhum santo - muito pelo contrário -  e ele é muito mais detestável que ela.
Só, não sei, isso mexe comigo. Fico pensando nessas coisas e... Enfim!

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