segunda-feira, 23 de setembro de 2013

PRENSADO NA PAREDE

Esse final de semana eu fui para a minha primeira balada. E de cara uma balada GLBT - nem sei se é essa a sigla ainda, trocam toda semana. Enfim, o lugar era a Blitz Haus, na Rua Augusta, muito bom; três andares: balada, restaurante e salão de jogos, nessa ordem. Apesar de lotadinha deu para se divertir. A questão é: minha avó sabe a fama que a Augusta tem. E está me prensando na parede desde quando disse pra ela que iria lá. Tive que dizer, afinal moro com ela, não com meus pais. Hoje quando cheguei da faculdade, ela disse que devia ter um monte de travestis. Eu disse que não, que tinha muitas lésbicas e gays sim, mas travesti eu não vi nenhum - rsrs - e ela vira e me pergunta: E o que você foi fazer lá então?
Minha cara de cu meio minuto sem falar nada, depois respondi: Tinha héteros também! kkkkk

Agora, lembrando, chega a ser engraçado, mas foi desesperador. É quase certeza que minha família praticamente inteira já desconfie das minhas opções sexuais. Mas é diferente desconfiar e saber, ouvir da pessoa. Vida cruel! Eu queria poder ter o direito de escolher ser só hétero. Aí não seria considerado uma aberração e não teria metade dos problemas que tenho. E pra piorar, não peguei ninguém na balada! Não sei se é algo realmente negativo, afinal pelo estado que alguns lá estavam, se eu trocasse saliva com alguém, trocaria com mais da metade do estabelecimento por tabela, mas é tão ruim se sentir não-desejado.

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