terça-feira, 22 de abril de 2014

O PENSADOR

Estava dando uma passada pelo meu orkut - sim, aquela ferramenta antiga que costumávamos usar e achar o máximo - quando descobri um texto de minha própria autoria e que gostei bastante de ler. Me fez lembrar o quão bom escritor eu posso ser, desde sempre! Leia-o a seguir:



E quando não temos mais para onde ir? Quando não sabemos que direção seguir, que rumo tomar? Ficamos parados, esperando algo acontecer ou corremos atrás? Do que podemos ter certeza? O que é para sempre, o que acaba hoje? Nossos amigos são melhores que a família, ou a família melhor que os amigos? A quem devemos priorizar? Todos estarão lá para quando você puder voltar? Irão embora? De que maneira? Eles prometeram que ficariam! E agora? Com que eu posso contar? Devo fazer novas amizades? Mas e se eu me machucar de novo? E se você descobre quem você é e depois descobre que havia descoberto uma farsa? E se você tem vontade de chorar mas as lágrimas já não lhe sobram? E você se descobre novamente, de um jeito mais intenso, porém não tem coragem de se jogar pelo simples, no entanto complexo, medo? Medo de se magoar. De se decepcionar. De tentar chorar e não conseguir. De ver que a sua vida pode ter um final feliz, mas longe dos que você gosta e admira. De saber que, talvez, ninguém te ame. De se sentir a pessoa mais sozinha do mundo de novo....e de novo....e de novo. Talvez você pense que é o sujeito mais sofrido do mundo, e talvez você seja o sujeito mais sofrido do mundo. Pois sempre que está prestes a ter uma melhora pessoal, colocam um obstáculo e esfregam na sua cara a humilhação, a derrota. E agora? Devo desistir? Prosseguir? O que devo fazer para conter as lágrimas que me faltam? Serei capaz de superar algum dia?
Honestamente, não sei. Não sei de nada. Não sei se vou saber algum dia. Não sei se vou conseguir tudo o que eu quero. Não sei se serei capaz de ser feliz. Não sei se serei amado.
Só posso ter uma certeza. A de que não tenho nenhuma. :'(

segunda-feira, 21 de abril de 2014

WORK

Trabalhei, durante os três últimos finais de semana em um parque da região. Coisa grande, não aqueles de rua, um bom e caro. rs
A experiência foi legal, conheci bastante gente, inclusive pessoas interessantes.
Durante os dias de trabalho, estava de olho em um cara que trabalhava no parque, e percebia que ele também me olhava. No último dia de evento, decidi que chegaria nele e tentaria conversar, porque vai que dá em alguma coisa...
Perguntei para algumas pessoas do parque com quem fiz amizade e descobri o nome dele e que é gay. Apesar da minha decisão, da qual falei anteriormente, quem já meu alguns de meus posts sabe como eu sou - nem um pouco decidido, por mais que eu já tenho algo como certo, não significa que vou faze-lo. Acabou que, quando passei ao lado dele, percebi que estava levantando para me dar atenção, então parei. Cheguei me apresentando, sem saber o que falar realmente, sou péssimo nessa coisa de paquera e tals.
Levei um chocolate, mal não faria! Quando encostei na grade, ele veio em minha direção e quando disse meu nome, ele me entregou um papel e me disse "Aqui tem meu número".

Juro que foi uma das melhores sensações que eu já tive na vida! De algo que pelo menos começou a dar certo. Eu peguei o papel, fiz um carinho no braço dele e fui embora, com um sorriso que ia de orelha à orelha, ou mais! rs
É engraçado, toda vez que eu penso nesse momento, me vem a mesma sensação e a mesma vontade de sorrir e a mesma alegria... É tão bom!
Quando saí, depois do expediente encerrado, mandei uma mensagem para ele, perguntando se estava tudo bem. Ele me respondeu que sim e fez a recíproca. Quando respondi que "sim, tudo bem também", mandei junto a pergunta sobre que horas eles sairia. Ele demorou à responder, e quando o fez disse que já tinha saído. Perguntei se queria conversar - com apenas esse objetivo mesmo em mente - ele disse que seria uma ótima ideia, porém que já estava na estação do trem. Não sei se foi a real intenção dele, mas me pareceu um tanto quanto seco. Porém conversamos um pouco por mensagem. Meu celular, que está com problemas na bateria, desligou e não pude mais responder às mensagens, ou continuar um diálogo.
Quando cheguei em casa tentei continuar, mas ele não mais me respondeu. Fiquei desapontado, afinal me pareceu tão interessado em uma hora e, na outra, tão às avessas.
Esperei hoje o dia todo por uma mensagem, ligação, talvez. Nada.
Pensei em esperar ele me contactar até oito horas da noite, mas nem sinal. Proibi à mim mesmo de fazer contato, para que não precesse tão interessado, e espantá-lo, logo de cara.

Agora tenho essa dúvida. Não sei o que fazer. Se faço contato, se espero ele fazer, se peço para sair com ele, o que digo nas mensagens... E o pior, não tenho com que conversar sobre o assunto. Quem pode me ajudar, de certa forma, é o menino que estuda comigo e manja de como pegar meninas, mas meninas não são meninos. Eu não sei o que fazer, como proceder diante dessa posição. E, é claro que fico animado com a ideia de conhecer alguém novo, ainda mais quando existe um interesse recíproco, mas fico na dúvida, entre me entregar à uma nova paixão e correr o risco de sofrer tudo o que já sofri antes, ou ser imparcial e fingir que nada acontece.
Estou confuso, com medo, apreensivo e não tenho ninguém para me ajudar.

UTILITARISMO

Vamos às novidades. Fui à tal entrevista na empresa que o menino com quem fiquei trabalha. Fiquei muito bravo, porque cheguei lá, tive que ficar esperando séculos para ser atendido por alguém, já que quem marcou a entrevista comigo não estava lá. E, quando finalmente fui chamado, era para ser freelancer. Em eventos.
Estavam me entrevistando para ser algo que eu já sou, e eu nem teria contrato ou carteira assinada... Nossa, eu fiquei realmente muito bravo. Principalmente com ele. Quando conversamos, eu DISSE que queria um emprego fixo e que queria na minha área. Daí vem com essa palhaçada. Não falei com ele pelo resto do dia e não nos vimos mais. Se a chance dele era bem próxima à zero, chegou nos números negativos com mais essa.
Enfim, mesmo que eu fique me questionando, porque eu escrevi aqui que não estava com ele por utilitarismo, por que é que a chance dele ficou mais do que nula quando não consegui o emprego?
Eu ainda não consegui responder à essa pergunta, mesmo fazendo-a e refazendo-a milhões de vezes. Mas, já que não rolaria mesmo, eu uso isso como pretexto para nunca mais encontra-lo.
 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

SENTIDO



Esses últimos tempos têm sido difíceis. Não por estar passando necessidade, nem nada do tipo. A grande questão é que preciso dar um sentido para minha vida. Paro para admirá-la, como de costume, mas tudo o que vejo é uma miscelânea de direções e uma confusão tão grande que mais parece um daqueles nós que não conseguimos desatar sem pensar cinco vezes antes de começar a tentar. A descrição é tão confusa quanto, como puderam perceber... rs
Não sei por onde começar. Estou cursando publicidade porque ganhei uma bolsa integral, e não podia - nem posso - desperdiçar essa chance; tolo seria eu se o fizesse.
Como já brinquei aqui antes, costumo dizer que a publicidade me escolheu. Pois bem, eu me permiti ser escolhido por ela, o que não significa que a escolhi. No entanto, tento me esforçar ao máximo para aceitar esse destino temporário, digamos assim.
Eu quero, e eu vou, cursar Teatro Musical assim que possível. Porém, preciso me sustentar antes, e essa é a função da publicidade. E é claro que tenho em mente a possibilidade de minha carreira como ator não se consolidar, o que me tornaria um publicitário para o resto da vida. Por esses motivos, que já são confusos por si só, aceito meu destino, tentando mudá-lo à todo momento, ao mesmo tempo que lido com expectativas e decepção.
Expectativas porque sinto a necessidade de fazer tudo rápido e ver tudo concretizado e dando certo. Quem tem um sonho, seja ele qual for, sabe que nunca nos passa pela cabeça a possibilidade de que ele não seja de fato realizado, mesmo que tentemos nos dizer o que pode dar de errado.
Decepção porque entrei para publicidade para me garantir e vejo muitos outros amigos, de verdade ou apenas pelo facebook, que estão cursando artes cênicas, ou estão viajando pelo exterior, realizando seus sonhos. Enquanto que eu terei que esperar, pelo menos, até 2017 para começar a pensar em algo.
Isso é, de um jeito horrível, deprimente. E explica o fato de minha músicas favoritas e mais tocadas serem tristes/depressivas/etc.

Com tudo isso, não quero dizer que me arrependo de ter seguido o caminho que estou trilhando, mas, sim, de não ter corrido atrás de outras oportunidades quando pude fazê-lo. De repente, poderia estar cursando Teatro Musical e vendo meu sonho se tornando realidade. Eu queria muito que isso estivesse acontecendo agora.
Infelizmente não está. E meu sonho, de virar um grande ator e atuar na Broadway, parece distante de mais para que eu corra atrás. Mas eu não pretendo desistir tão fácil. Não vou deixar nada me abalar - pelo menos vou tentar fazer com que nada me abale - e seguir em frente, trilhando, cada vez mais, um caminho de sucesso.

Ah, como eu queria acreditar em minhas próprias palavras...