quarta-feira, 29 de outubro de 2014

ACHADO

Encontrei hoje por aí este poema que fiz um tempo atrás e do qual não me lembro ao certo as circunstâncias, mas acredito ser de extrema beleza, por isso compartilho.

Na vontade de descobrir o outro
Me perco
E descubro incertas
Minhas certezas

E quando me busco
Não vejo
Até me afogo
Num mar de deduções

Talvez
E provavelmente talvez
Precise que me falem
O que sou
E quem me fazem

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

WELL...

Faz realmente MUITO tempo que não escrevo algo aqui. Minha vida tem - finalmente - sido movimentada. Claro que não tanto do jeito que eu quero que seja, mas por ora está bom.
Tenho saído muito. Só baladas, na verdade. Porém, no momento, é só o que pode ser feito. Tenho conhecido pessoas novas e acabei por esquecer por completo o vazio que me domina por dentro.
Tantas bocas eu beijei nessas festas, tentando aliviar a dor que me consome toda vez que é lembrada... Normalmente funciona e mato meu desejo por alguns dias. Não foi o caso de ontem.

Saí para um lugar novo, como tem sido de costume. Conheci pessoas novas - infelizmente não do tipo que eu gostaria de ter conhecido, e nem beijavam bem. Fiquei com um cara que nem me dei o trabalho de perguntar o nome e uma menina - a descrição é a mesma para os dois. Me pareceu que eles não sabiam beijar direito... Usavam mais os dentes do que qualquer outra coisa; o que é curioso, porque a amiga que foi comigo disse que sofreu com esse mesmo problema numa noite em que beijou alguém naquele lugar.
Enfim, após tudo isso, como meio de encerrar a festa, por volta já de seis horas da manhã, o DJ tocou The Scientist, do Coldplay. Mesmo contra minha vontade, veio como uma avalanche na minha cabeça tudo o que eu tenho feito e vivido e o tal vazio que eu tanto temo, me dominou por completo.

Comecei a lembrar e perceber que, mesmo tendo sofrido neste meio tempo por alguns casinhos de balada que nunca dão certo, nunca mais, desde o garoto com quem me descobri mesmo sem dar sequer um beijo, vivi uma paixão. Nunca mais amei ardentemente alguém - uma coisa que, aposte, estou desesperado para fazer. Tento esconder isso e me apegar na superficialidade porque não quero sofrer tudo o que sofri por ele de novo... Fiquei quase um ano inteiro nessa ressaca de término, sem conseguir pensar em mais alguém ou na minha própria vida sem uma dose exagerada de auto piedade pela previsão de terminar meus dias sem ter encontrado uma alma que me faça companhia. É ridículo, eu sei. Em alguns momentos posso ver isso, na maioria restante, não.

Paralelo a isto ainda está toda a minha preocupação com me assumir para minha família; algo que eu não fiz ainda e tenho muito receio, porém muita vontade. Somo, ainda, o meu não conhecimento de causa com relações, o que causa e é ao mesmo tempo consequência de não saber começar um relacionamento. Não sei como agir nas situações em que falo com alguém que eu me interesso e acabo evidenciando meu desejo pelo outro. Em minha concepção, as relação tinham que ser fáceis; se me interesso por você, eu falo; se não, também falo. Não era para sermos tão complicados nessa questão, mas o ser humano é tão estranho... Desisti de entender.

Eu nunca sei o que concluir quando escrevo aqui, o que teoricamente reduz minha vontade de escrever porque não me ajuda em nada... Pode ser que eu demore novamente para escrever algo novo. Pode ser que não.

Veremos.