domingo, 7 de junho de 2015

DANÇANDO



Toda essa história de "ser inteiro sozinho, antes de encontrar alguém porque ninguém é a metade de ninguém e alguém inteiro nunca vai merecer ou se interessar por uma metade" nunca me convenceu. Talvez por eu não conseguir compreender realmente o que as pessoas que disseminam essa ideia queiram dizer com ser inteiro sozinho, ou por simplesmente adorar estar em um relacionamento a ponto de me auto considerar desesperado por um.

Como disse antes, não me sinto muito confortável na posição de solteiro que a vida têm me imposto, mas vou levando. Às vezes minha solidão me pega de jeito, para bem ou para mal. Hoje foi para bem.

Do nada (talvez pelo pote de sorvete que eu comecei a devorar junto com leite condensado, granola, açaí, granulado e chocolate) me veio uma vontade imensa de dançar. Vou dizer que tenho gostado muito de música nacional, das mais novas. E comecei cantando sozinho, na sala. Quando dei por mim, estava com meus fones, cantando em voz alta e dançando descalço no meu quarto, à luz de minha última lâmpada incandescente (que eu gosto mais do que qualquer outra porque me faz sentir o ambiente, diferente da fluorescente).

Fiquei contente quando me vi no espelho e pude observar meu sorriso; finalmente minha solidão havia entendido que não preciso dançar junto. Que não preciso de alguém por enquanto. Que noites perturbadoras ainda virão, mas que dias maravilhosos sempre nascerão, embora nem sempre isso esteja tão claro na minha cabeça. Ainda fico preocupado com o sumiço do meu choro.

Já não o encontro há meses, e eu gosto de chorar, mesmo que com a história de ficção de alguns casais impossíveis dos filmes. Acredito que quando for a hora e quando houver uma razão que me toque, ele me encontrará. Então eu dançarei com minhas lágrimas, que espero serem de felicidade.

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