segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Obrigado!

Minha maluquice e minha insegurança não permitiram que eu te amasse do que jeito que eu deveria ter.
Talvez um dia eu melhore disso tudo; talvez não. Infelizmente não posso nem vou esperar por alguém. Nem mesmo por você.
Por isso agradeço que você tenha sido a pessoa certa em minha vida por duas semanas incríveis. Eu insisto em me enganar e dizer que somos todos diferentes, mas não existe essa possibilidade. Somos todos iguais. E, para não me machucar, eu agora estou disposto a não me apaixonar. Estou disposto a me saciar com um simples amor. Talvez mais forte do que a paixão, mais calmo e mais pé-no-chão, e sobre o qual eu exerço controle.
Eu sinto tanto que não pudemos nos aproveitar mais. Sinto de verdade. Mas você não foi bem sera meu ultimo caso de paixão atordoante, daquelas que doem na pele.
Se eu tivesse te conhecido alguns anos atrás, e tivéssemos vivido tudo o que vivemos, pode ter a certeza de que eu estaria muito pior. Algum tipo de doença me atingiria através do psicológico... Eu não conseguiria levantar da cama!
Por isso sou grato, também. Tenho experiência de vida suficiente para ficar magoado, mas apenas pelo tempo necessário (é claro que é muito fácil falar assim quando tenho outra pessoa com quem conversar, enfim...).
Basicamente, alguns anos atrás, eu estaria te xingando dos piores palavrões que eu ja conheci em toda a minha vida. Mas hoje vim te agradecer.

Obrigado!

Estragado

É horrível quando temos expectativas e elas são destruídas. Ouvi uma frase, no Glee, que dizia "a pior morte, é a morte de um sonho". Concordo plenamente. É assim em tudo o que vivemos no dia a dia, com amores, com vida profissional, enfim...
Essa semana comecei empolgado com uma possibilidade que se abriu para mim, mas logo fui desacreditado e não sei se eu soube lidar bem com isso. Não sei ao certo o que senti com tudo o que aconteceu e, sendo assim, não soube como lidar. Acontece que ainda estou encucado.
Também tem o fator L - um menino que conheci e estava aparentemente super interessado em mim. O problema é que eu não estava tão a fim. Isso me fez lembrar, pra variar, do meu ultimo relacionamento, que foi a ultima vez que senti algo forte por alguém, realmente.
Esse assunto sempre me deixa um pouco machucado. Não porque eu não tenha superado, apesar de não tê-lo, mas por me reconhecer em tudo o que ele faz e reconhecê-lo no que eu faço. Isso é horrível, ver como eu ignorei todos os sinais possíveis. E eu não quero ser nem fazer com algum outro o que ele fez e quem ele foi comigo. Porque não é justo. Também não é justo eu puxar essa culpa pra mim, eu sei que não, mas não posso largá-lo do nada e deixá-lo sofrer. É um impasse tão grande que não consigo sequer explicar em palavras. E faz tempo que não converso de verdade com alguém, sem o barulho de alguma música extremamente alta ao fundo ou algum outro assunto para dispersar a atenção no que estou falando.
Talvez esse seja um grande problema da sociedade que não escuta, so fala cada vez mais de si mesmo. Enquanto ninguém escuta o que o outro tem a dizer, vamos guardando o que precisamos falar para nos mesmos. Sendo assim, estamos super lotados de informações que precisamos compartilhar, não para pedir conselhos ou coisas do tipo, mas pelo simples fato de desabafar. Precisamos pagar alguém para que nos ouça. Precisamos de prostitutas de ouvidos porque não temos alguém que o faça por boa vontade.
Eu falo como alguém que escuta muito o que a outra pessoa tem a dizer. Sou um belo ouvinte - mesmo quando não consigo prestar atenção por alguma disfunção emocional que estou sofrendo no momento, sei perfeitamente como fingir tal reação e fazer com que o outro se sinta refugiado e bem por contar com um par de orelhas que o ajudam. E mesmo sendo um belo ouvinte, sinto muita dificuldade em falar, porque todos estão tão preocupados consigo mesmos que não conseguem imaginar que todos tem uma batalha e que querem falar sobre isso.

Um brinde ao que jamais seremos

Eu poderia te dedicar essa musica. Poderia te dizer que tudo bem não estar pronto. Só que eu não posso nem vou esperar por um amor que não é real. Não posso nem vou esperar por alguém que não me quer.
Esse meu tipo de desabafo é recorrente, não por eu gostar de falar a mesma coisa todo o tempo, mas por ter a necessidade de reafirmar isso para mim mesmo. Tenho que me lembrar de não pensar errado sobre você, de não ser enganado pelo meu coração - que te achou bem bacana - e esquecer minha cabeça, que ainda sabe o que você fez.
Não posso me deixar levar pelo lado de mim que vê o seu lado bom. Tenho que continuar lembrando o que de ruim você me fez e como eu fiquei mal depois disso, para que não caia na besteira de achar que sua companhia poderia ser, por um minuto, boa para mim.
Não poderia. Nenhuma companhia que não venha de vontade própria pode algum dia ser boa.
Por isso eu te dedico essa musica, que eu jamais dedicaria à você. Infelizmente te dedico pelos motivos errados, mas os fins são certos.

Sobre complicar

Gosto de refletir sobre muitos dos meus dias - e noites. Talvez nem seja algo que eu goste de fato, mas não consigo evitar; de repente estou lá.
Normalmente fico encucado com algumas reações dos outros, o que me leva a pensar nas minhas ações e eu entro naquele ciclo sem fim tão bem conhecido.
Na verdade me vejo como alguém muito aberto às ideias e aos pontos de vistas dos outros. Sempre me preocupo com o que os outros irão pensar - pontinho a menos para mim, eu sei; quem sabe um dia eu mudo - mas não é essa a questão. É aceitar a possibilidade de que alguém que vê sua vida de fora, pode analisar mais friamente a situação.
Quando julgamos os outros em questão de segundos, geralmente é algo errado e que não significa nada, mas é prova de que temos um olhar mais frio sobre aquilo e que podemos simplificar. Ora, se podemos simplificar, por que, cargas d'água, vamos complicar. Certo?
Nessas horas lembro daqueles filmes que trazem crianças como personagens principais, e que sempre acabam perguntando: Por que os adultos complicam tanto?
Não precisamos complicar. Não precisamos tornar tudo um grande sofrimento. Não precisamos chorar e refletir sobre absolutamente tudo o que acontece em nosso dia. Quando precisamos disso tudo, nosso cérebro nos dá um aviso; uma espécie de "Hey, você tem que pensar sobre isso, parça!". E quando ele não dá esse aviso, sempre um conhecido ou amigo acaba te alertando, de um jeito ou de outro.
É claro que não devemos sair por aí aceitando o conselho do primeiro desatarefado que encontramos na esquina, mas aquelas conversas que temos com alguns amigos ou meio amigos durante os dias, às vezes rendem uma liçãozinha interessante e que podemos levar, de alguma maneira, para nossa vida.
Observem que não me refiro à preconceitos, que é o abismo no qual acabamos por cair. Digo dos rótulos que colocamos; nosso cérebro é programado para fazer isso porque é mais simples, gastas menos energia. Precisamos disso sendo usado, sempre no bom sentido e com as melhores das intenções.

domingo, 7 de junho de 2015

DANÇANDO



Toda essa história de "ser inteiro sozinho, antes de encontrar alguém porque ninguém é a metade de ninguém e alguém inteiro nunca vai merecer ou se interessar por uma metade" nunca me convenceu. Talvez por eu não conseguir compreender realmente o que as pessoas que disseminam essa ideia queiram dizer com ser inteiro sozinho, ou por simplesmente adorar estar em um relacionamento a ponto de me auto considerar desesperado por um.

Como disse antes, não me sinto muito confortável na posição de solteiro que a vida têm me imposto, mas vou levando. Às vezes minha solidão me pega de jeito, para bem ou para mal. Hoje foi para bem.

Do nada (talvez pelo pote de sorvete que eu comecei a devorar junto com leite condensado, granola, açaí, granulado e chocolate) me veio uma vontade imensa de dançar. Vou dizer que tenho gostado muito de música nacional, das mais novas. E comecei cantando sozinho, na sala. Quando dei por mim, estava com meus fones, cantando em voz alta e dançando descalço no meu quarto, à luz de minha última lâmpada incandescente (que eu gosto mais do que qualquer outra porque me faz sentir o ambiente, diferente da fluorescente).

Fiquei contente quando me vi no espelho e pude observar meu sorriso; finalmente minha solidão havia entendido que não preciso dançar junto. Que não preciso de alguém por enquanto. Que noites perturbadoras ainda virão, mas que dias maravilhosos sempre nascerão, embora nem sempre isso esteja tão claro na minha cabeça. Ainda fico preocupado com o sumiço do meu choro.

Já não o encontro há meses, e eu gosto de chorar, mesmo que com a história de ficção de alguns casais impossíveis dos filmes. Acredito que quando for a hora e quando houver uma razão que me toque, ele me encontrará. Então eu dançarei com minhas lágrimas, que espero serem de felicidade.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

DE BEM COM A SOLTEIRICE -SQN



Desde sempre sou sozinho. Nos mais diversos quesitos; amor, família, vida... Em casa, nunca pude - ou nunca me senti à vontade para - contar sobre minha sexualidade. Quase sempre tive amigos, mas sabe quando nos sentimos sendo alguém aleatório no meio daquela gente toda?! Boa parte das vezes com eles, nos mais diversos meios, me sinto assim. Mas não é culpa deles, claro. Só mais um de meus infinitos problemas psicológicos. Nunca namorei, também. Embora eu chame minhas aventuras de relacionamentos (o que não é mentira) para parecerem maiores do que realmente foram, geralmente demorou por volta de uma semana para que me trocassem.

Ora, - você deve estar pensando - ele parece um tanto ressentido. É porque é exatamente assim que me sinto quando penso sobre isso. Não que essas aventuras, ou relacionamentos, tenham sido tantos quanto possam parecer, mas sempre me deixaram em frangalhos, no fim. E em ambos os casos, os babacas por quem me apaixonei acabaram tão rápido estando com outras pessoas. Como não me culpar? Como não trazer essa derrota pro lado pessoal, já chamando de derrota?

Escutei esses dias, nem me lembro aonde, algo como "me pergunto por que fico me torturando; talvez seja porque gosto da sensação de quando paro". Isso pode parecer errado, mas eu te pergunto: Quem fez o manual da vida? Se você tem acesso, por favor, deixe-me dar uma olhada porque estou bem perdido aqui!

Talvez por querer tanto o rótulo de namoro eu idealize algo que pode nunca acontecer, uma vez que praticamente tudo o que idealizamos é utópico. A realidade está fora de nossas cabeças, está além de nossa compreensão e está longe do alcance que possam ter as previsões.

O fato é que fico bobo só de me imaginar com alguém que eu possa chamar de amor, fazer gracinhas, rir, ser companheiro, ficar abraçadinho, ver filme... Minhas pernas tremem e meu estômago fica repleto das borboletas - lembra delas? A paixão é algo que me motiva a ficar apaixonado. O mundo nunca parece tão bonito como quando estamos amando.

Não gosto de me machucar carregando alguma culpa em meus ombros ou vendo fotos deles, meus ex-relacionados, com os atuais. Não gosto de bater a cara na porta toda vez que acredito que uma está aberta para mim, na vida de outra pessoa. É claro que não gosto de fraquejar comigo mesmo quando conheço alguém e já imagino nosso fim e como será a foto com outro alguém que ele vai postar nas redes sociais uma semana depois de não nos falarmos mais.

Fico com medo de namorar alguém que não me faça sentir tudo isso, por desespero. Certo dia, eu estava no Tinder, em minha rotina de seleção de perfis para possível relacionamento, quando uma amiga, vendo que eu não pegava leve nas exigências, disse:
- Você não está desesperado; está até escolhendo!

Quando dei por mim, ela tinha razão. Poxa, se eu escolho e não saio por aí correspondendo qualquer Zé Mané que me olha de um jeito diferente, acho que não estou tão desesperado assim. E, como conclusão, vi nisso tudo uma salvação. Será que eu estava me acostumando com a solteirice e que começaria a achar tudo aquilo o máximo, como dizem os textos de pessoas super contentes e solitárias na internet?

A resposta é: Não. Não me acostumei com a solteirice e, pelo visto, não vou me acostumar tão cedo. Talvez nunca. Não vou achar legal enquanto não tiver motivos para isso e, sendo assim, não vou curtir o ~~estar solteiro~~. Ainda não suporto a ideia de padecer sozinho.

A questão me parece ser como estar desesperado sem ser desesperado?

quarta-feira, 27 de maio de 2015

P.S.:



Eu poderia te culpar. Te acusar de não ficar, de não tentar, de não se explicar, de me enganar e iludir... Eu poderia, você deve saber que sim. Mas, na verdade, acho (e somente acho) que isso não tem a razão de encontrar um culpado. Até porque não existe apenas um; cada um de nós fez parte disso, do começo ao fim, independentemente do tempo que durou.

Não quero dizer que te perdoo, uma vez que não sei se sou capaz disso ou se tenho o que perdoar. Ora, quando penso que você seguiu seus desejos, fico na dúvida se eu não faria semelhante. Então, reparo que ninguém tem o direito de brincar com os sentimentos de outro alguém. Mas ninguém me prometeu nada, não foi?

Por vezes acabo lançando essa culpa que não tem dono sobre meus ombros, fardo que não consigo carregar sem que os cantos de meus lábios, junto de minha coluna, se curvem para baixo, me trazendo um semblante de tristeza permanente. Mas isso também não é culpa sua.

No fundo, acredito que o pior foi tudo ter ficado essa bagunça. Eu ainda não consegui arrumar a casa em que você entrou e deixou a seu gosto, em tão pouco tempo. Fui um idiota por ter permitido, mas não me arrependo porque não posso me arrepender de ter te amado. De ter me entregado. De ter querido que desse certo.

Eu não corri mais atrás de você porque cansei de ser uma via de mão única, mesmo pensando em te perguntar durante aquelas duas trágicas semanas o que estava acontecendo com a gentileza e quentura que me mostrou de início, eu não pude; eu não tive como te perguntar. Parece tão simples e bobo agora, não é?!

Eu só queria que você soubesse que embora eu seja um louco enciumado que pode ter parecido não ligar, você me deixou uma marca. Ainda não consigo distinguir se é boa ou ruim - estou esperando cicatrizar, mas ela está aqui, me lembrando de você quase todos os dias. Quando ela não dói, eu me sinto bem melhor. Mas você, às vezes, é uma lembrança igualmente boa.

domingo, 18 de janeiro de 2015

ENTÃO... (PARTE 1)

Wow... Quanto tempo fiquei sem escrever aqui. E voltei porque senti falta, depois de todo esse longo período de tempo.

No final do ano passado, afoguei todas as minhas decepções nas baladas que passei a frequentar - para desespero da minha avó - todo o final de semana. Claro que o relacionamento com meu ex, após 1 ano de recuperação chorando na minha cama abraçado com um travesseiro, já estava enterrado. Mas minha decepção tinha mais ligação com não encontrar ninguém para namorar, sendo bem claro e objetivo.
Portanto, mergulhando no mundo noturno e boêmio das baladas, minha única decepção era não ficar com alguém naquela noite. Lógico que, até me acostumar, tive algumas recaídas desnecessárias e tentei me apegar (sem sucesso) à um desses encontros casuais. Mas deu certo. Até que descobri o tinder.
O aplicativo de paquera é bem bacana e a proposta é nobre: um pouco mais de conforto para pessoas tímidas, independentemente da razão. No meu caso, por exemplo, é a excessivamente baixa autoestima. Enfim, voltando à atualização, conheci algumas pessoas, só com papo no começo. Marquei um encontro, não demos sequência e então chegamos onde eu queria: Henrique.
Foi outro match do tinder, mas diferente desde o começo. Sempre muito atencioso, puxando assunto e sendo a pessoa mais declaradamente fofa que já conheci, acabamos por marcar um encontro e, é claro que eu sabia que isso ia acabar em beijo.
Dito e feito. Mas não foi tão simples assim. Tivemos que adiar 2 vezes a data para podermos, finalmente, nos conhecer. Tudo muito bacana. Tanto que remarcamos e chegamos a nos ver 5 vezes, em dias seguidos. E foi muito bom, mesmo. Aquele sentimento de ser desejado por mais de um dia, como se eu tivesse qualidades agradáveis para ter-se acompanhado durante quase uma semana, era constante.
Ainda assim, eu tinha problemas quanto ao "me apaixonar". Não sei o que estava acontecendo, sendo bem franco, não me lembro, mas sei que isso foi a limite de eu me forçar uma paixão. E eu consegui gostar muito dele. Aí é que comecei a me ferrar.
Logo em seguida, fui para a praia com a família e, durante a viagem, além do meu rotineiro ciúmes, senti um distanciamento da parte dele. Vi que não mais puxava assunto, isso agora era minha tarefa, e que não se esforçava para que não ficássemos sem assunto...